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Dia dos Namorados: 73% dos bares e restaurantes do Ceará esperam faturamento maior que o registrado em 2023

Para este Dia dos Namorados, três em cada quatro estabelecimentos de alimentação fora do lar esperam um lucro maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, o que corresponde a 73% dos entrevistados. Desses, 71% esperam um aumento de até 30% nas vendas, como revelam os dados da nova pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

A data comemorativa é uma esperança de casa cheia e bons rendimentos para os estabelecimentos em todo o estado, tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelo setor no atual cenário. Ainda de acordo com dados da Abrasel, 38% dos empreendimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses; 52% ajustaram conforme ou abaixo da inflação; e apenas 10% conseguiram ajustar acima da inflação.

Com os preços mantidos e a inflação em alta, cresce também o número de bares e restaurantes com as contas no vermelho. 43% das empresas têm dívidas em atraso. Dessas, 80% devem impostos federais, 67% impostos estaduais, 33% empréstimos bancários, 40% encargos trabalhistas e previdenciários, 33% serviços públicos (água, gás, energia elétrica), 33% taxas municipais, 17% devem a fornecedores de insumos e 30% estão com o aluguel atrasado.

Taiene Righetto, presidente da Abrasel no Ceará, projeta um alívio nas contas das empresas neste período, principalmente comparando com o atual cenário vivido pelo setor. “O momento é alarmante, considerando que quase metade dos empreendedores ainda tem dívidas, principalmente com impostos, sejam federais, estaduais ou municipais. Então essa perspectiva de aumento com o Dia dos Namorados vem numa época que esperamos que se concretize e traga realmente um alívio nas contas, promovendo uma melhoria nas empresas que estão operando em prejuízo. O que se espera com esta data é que esses estabelecimentos tenham um respiro e as dívidas, que ainda perduram desde a pandemia, consigam ser amenizadas”, comenta.

No mês de abril, 42% das empresas registraram prejuízo, outros 31% ficaram em equilíbrio e apenas 27% realizaram lucro.

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