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Caso Henry Borel: Dr Jairinho é interrogado

Na manhã de segunda-feira(13), iniciou o interrogatório em juízo do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr Jairinho. A sessão foi presidida pela juíza Elizabeth Machado Louro, e durou cerca de oito horas.

O réu está respondendo pelas acusações de tortura e homicídio do menino Henry Borel, que na época tinha apenas quatro anos. A sessão já começou de acordo com a relevância do caso.

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A juíza Elizabeth pediu insistentemente para que os advogados do ex-vereador se sentassem. Segundo a magistrada, ela se sentiu afrontada.

Isso porque, sete advogados do réu permaneciam em pé de frente para ela.

A juíza Elizabeth pediu para que somente quem estivesse com a palavra, ficasse de pé.

“O poder de polícia aqui é meu, eu não quero essa bagunça aqui. Eu me sinto insegura, e não vou presidir esse ato assim, não vou!” Declarou a juíza veementemente.

Os advogados não queriam se sentar, alegando que segundo estatuto da OAB, eles teriam direito de permanecer da maneira que quisessem.

Houve discussão, e os ânimos ficaram exaltados. De forma que a juíza ameaçou adiar os trabalhos se os advogados se mantivessem de pé.

“Eles podem até sentar no colo do réu, mas não quero que fique em pé, eu não vou transigir com isso. Se o advogado não estiver falando, ele vai ficar sentado!” Disse a juíza em alta voz.

A juíza ainda ressaltou que o julgamento era de intensa periculosidade, por esse motivo havia grande número de policiais no ambiente. “Inclusive aqui é um lugar de risco. Daí ter tantos policiais aqui. Ter tantas pessoas em pé pode atrapalhar, inclusive, uma eventual ação necessária dos policiais“, explicou ela.

A discussão durou cerca de vinte e seis minutos. Até que, finalmente, se iniciasse o interrogatório propriamente dito. O ex-vereador optou por responder perguntas somente da defesa.

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Advogados em pé incomodam a juíza durante o depoimento de Jairinho (foto:reprodução/print do you tube)

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Declarações de Jairinho

A princípio, Jairo começou a contar sobre sua vida pregressa. Falou sobre seus dois primeiros relacionamentos, com as mães de seus filhos.

Falou sobre seu relacionamento com os amigos dos filhos e com crianças, deixando claro que nunca teve nenhum problema nesse sentido.

Dr Jairo também falou sobre o início do seu relacionamento com Monique Medeiros. Ele disse que a conheceu através do Instagram e que foi alertado de que a moça “não era para ele”.

Ele também disse que relatou para Monique que havia feito vasectomia, e ao perguntar para ela se queria ter mais filhos, ela teria respondido: “Não, o Henry já basta.”

Em relação ao relacionamento com Henry, Jairinho disse que havia montado o melhor quarto do apartamento para Henry.

Da mesma forma, ele também relatou que não passava tanto tempo com o garotinho, porque ele ficava bastante com os avós maternos.

Uma declaração importante que o réu fez foi dizer que a Monique que insistia no relacionamento de Henry com o pai, Leniel Borel.

O ex-marido de Monique, o tempo todo defendeu a também, acusada, dizendo que foi ela que levou Henry para a igreja católica, colocou na natação e buscou colocá-lo numa boa escola.

Jair ainda relatou que o menino estava sendo acompanhado por uma psicóloga infantil que, segundo ele,em seu depoimento não constata que o garoto sofria abuso doméstico.

Ele também disse que o laudo do legista não apontava lesões na criança.

“Eu quis dar para o Henry tudo que eu dava para os meus filhos”, declarou ele. Jair Souza se declarou inocente em todo o interrogatório.

A juíza ainda vai decidir se levará o caso para júri popular ou não. Isso signifaca que tanto Jairo, quanto Monique podem ter a sentença definida por um grupo de sete jurados.

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