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Compra de imóvel na planta registra aumento de 15,7% no Brasil 


No primeiro trimestre deste ano, segundo a CBIC, negócios nesse segmento cresceram 15,7%; especialistas destacam os principais benefícios e orientam como fazer escolha segura e vantajosa


A compra de um imóvel pode trazer uma dúvida. Afinal, vale a pena adquirir um imóvel na planta? Seja para conquistar o primeiro apartamento e sair do aluguel, presentear os filhos, aumentar a segurança financeira ou mesmo como estratégia de investimentos, especialistas são unânimes em avaliar que são inúmeras as vantagens, desde que o negócio seja realizado de forma segura.

Dados do mercado imobiliário brasileiro mostram otimismo em relação a esse segmento. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o número de lançamentos de imóveis aumentou 15,1% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. No período analisado, as vendas de imóveis na planta cresceram 15,7%. Foram pesquisadas 221 cidades brasileiras, sendo 27 capitais, entre elas, Belo Horizonte.

Segundo Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da Netimóveis Brasil e da cooperativa de crédito Sicoob Imob, o ambiente para aquisição de imóveis na planta se tornou consideravelmente mais seguro nos últimos anos. Ele atribui essa evolução a uma combinação entre maior transparência nas operações do setor e um público cada vez mais bem informado. “Esses avanços contribuíram para tornar o mercado mais equilibrado e acessível, reduzindo significativamente os riscos para quem compra”, avalia.

Ele também ressalta o papel do Patrimônio de Afetação nesse cenário. “Mesmo em casos de falência ou insolvência da incorporadora, esse mecanismo legal protege os moradores e colabora para aumentar a confiança no mercado imobiliário”, afirma.

Aurélio Rezende, gerente comercial da Somattos, explica que uma das grandes vantagens de adquirir um imóvel na planta é o poder de escolha. “O cliente pode escolher e monitorar a região onde ele deseja morar. Ele também pode adquirir um apartamento no andar que mais lhe agrade. Tem pessoas que gostam de unidades no primeiro andar; outras já preferem andares mais altos. É um poder de escolha de acordo com o perfil do cliente”, comenta.

Outro benefício importante para colocar na balança são as condições de pagamento flexíveis. O cliente tem a possibilidade de negociar com as construtoras um fluxo de pagamento que se adapte melhor ao seu orçamento. Além disso, esse tipo de compra oferece a possibilidade de flexibilizar a planta do imóvel e alterar alguns acabamentos. “Imóveis bem localizados e de construtoras conceituadas tendem a valorizar e ter um bom valor de revenda no futuro. Comprando na planta, o comprador ainda terá um apartamento novo, com as tecnologias mais recentes do mercado, seguindo as tendências arquitetônicas do momento”, ressalta Rezende.

Para o investidor José Pereira, a compra na planta é uma escolha eficiente e segura. Com 18 anos de experiência no mercado financeiro, Pereira possui imóveis bem localizados em cidades como Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Balneário Camboriú, todos destinados à locação. Ele explica que, depois da entrega, a valorização desses imóveis pode atingir 25% no momento da venda. Além disso, a locação gera uma renda mensal de 0,6% a 0,8% do valor total do imóvel. Recentemente, ele fez uma nova aquisição na planta: o residencial Casa Aleixo, empreendimento de alto padrão no bairro Lourdes, área nobre de Belo Horizonte.

A compra de imóveis na planta também desempenha um papel estratégico para o ciclo produtivo da construção civil. Segundo Daniel Katz, vice-presidente da área das Incorporadoras da CMI/Secovi-MG (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais), essas vendas ajudam a impulsionar o início das obras e permitem que incorporadoras utilizem o capital dos próprios clientes. “Isso acelera o ritmo de execução e garante uma performance melhor para todo o empreendimento”, explica. Esse fluxo favorece tanto a saúde financeira das incorporadoras quanto a previsibilidade na entrega dos empreendimentos.

As perspectivas para o mercado de imóveis na planta em Belo Horizonte e região são positivas, segundo Katz. Ele avalia que o setor tende a se aquecer à medida que os juros recuarem. “Devemos estar no pico ou muito próximos do topo da curva de juros. Com a queda, o mercado imobiliário geralmente reage com força, gerando inclusive valorização. Por isso, o momento atual é uma boa oportunidade para quem deseja adquirir um imóvel na planta”, analisa.

Pesquisa
A palavra de ordem antes de adquirir um imóvel na planta é pesquisa. O investidor José Pereira ressalta que um dos principais pontos é a confiabilidade da construtora. “É importante verificar a confiabilidade da empresa, a seriedade como conduz a obra, acompanhar de perto. Eu só compro de empresas que entregam essa confiança”, aconselha. “É importante também pesquisar os outros empreendimentos já realizados pela construtora, atestando seu histórico de entregas”, acrescenta.

O gerente comercial da Somattos reforça esses cuidados e oferece orientações importantes. Ele aconselha que, no ato da assinatura, o comprador exija o contrato de registro de incorporação do empreendimento. “O ideal é que esse registro contenha o Patrimônio de Afetação, um dispositivo legal que garante que os recursos dos compradores sejam destinados exclusivamente à obra, oferecendo uma camada extra de segurança”.

Aurélio Rezende orienta para outros pontos de atenção para o comprador de imóvel na planta. “É importante verificar o histórico de entregas e a solidez financeira da empresa e pedir referências. Estudar o projeto, olhar o que você está comprando, tenha cuidado com valores excepcionais na planta. Analise as condições comerciais, estude os prazos de entrega e o contrato e tenha planejamento financeiro. Ou seja, tenha consciência ao assumir a compra, informe-se sobre os índices de correção e se programe para as despesas de registro, escritura e ITBI (Imposto sobre a Transmissão e Bens Imóveis), aconselha.

O papel das construtoras
Empresas com trajetória e solidez no mercado oferecem maior segurança aos compradores. Aurélio destaca o caso da Somattos. “A empresa tem 49 anos de história, preza pela ética, transparência e compromisso com o cliente”, afirma.

Segundo Aurélio, a Somattos realiza seus lançamentos somente depois de finalizar o registro de incorporações. Além disso, mantém os clientes informados sobre o andamento da obra, enviando relatórios semestrais da evolução e também promovendo visitas aos canteiros. No momento da entrega, oferece suporte para quem precisa quitar o apartamento via financiamento bancário e presta consultoria completa, auxiliando os clientes com informações financeiras, emissão de boletos e informativos para impostos de renda em um portal do cliente ou pelo setor de relacionamento.

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