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Simone Tebet: conheça o perfil da pré-candidata

Foi em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, onde ela nasceu. Uma moça cujos feitos desde tenra idade davam a impressão de ter algo a mais dentro de si. Uma pessoa com um futuro notável, utilizando de suas aptidões para concorrer a uma das posições de mais destaque no meio político. Nessa região sulista começou a história de Simone Tebet, pré-candidata à presidência da República.

Simone Tebet: conheça o perfil da pré-candidata

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Simone é mãe de duas filhas, casada com Eduardo Rocha. Em sua carreira profissional tornou-se advogada, professora e política. Está filiada ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e atua como Senadora da República pelo estado de Mato Grosso do Sul. Nasceu no mesmo estado em que atua como Senadora, no dia 22 de fevereiro de 1970, no município de Três Lagoas.

O nome de seu pai é Ramez Tebet, falecido em 2006, vítima de câncer no esôfago. Também seguia carreira política e chegou a ser presidente do Senado Federal. Seu legado político ficou nas mãos de sua filha Simone, a única de seus quatro filhos que se integrou à política. Sua esposa, e mãe de Simone, Fairte Nassar Tebet, é uma filantropa.

À esquerda, Simone. À direita, um quadro de seu falecido pai (Reprodução/Instagram)

Simone foi aprovada na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, onde se formou aos 21 anos. Obteve seu título de mestre em 1998, cerca de 6 anos após se formar. Sua vida acadêmica se estendeu assim que decidiu ser professora de direito.

Carreira política

Simone Tebet começou sua carreira política em 2002, aos 31 anos. Neste ano, foi eleita deputada estadual do estado de Mato Grosso do Sul. Foi a candidata mais votada naquele ano, onde obteve 25.251 votos.

Em 2004 foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Quatro anos depois, no ano de 2008, foi reeleita com 76% dos votos.

Simone na época em que era prefeita de Três Lagoas (Reprodução/Instagram)

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Sua carreira teve outro salto em 2010, onde decidiu deixar a prefeitura para ser vice-governadora da chapa de André Pucinelli. Com a vitória da chapa, Simone era oficialmente a primeira mulher vice-governadora do Estado. De 2013 a 2014, chefiou a Secretaria de Governo.

Foi em 2014 que se candidatou ao cargo de Senadora Federal pelo Mato Grosso do Sul. Um ano após, foi eleita presidente da Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher.

Simone Tebet na premiação de melhor Senadora (Reprodução/Instagram)

Durante sua carreira como Senadora destaca-se seu voto em favor do impeachment de Dilma Rousseff, da PEC do Teto de Gastos Públicos e da Reforma Trabalhista de 2017. Também, em 2018 foi escolhida para liderar a bancada do MDB, onde ficou até janeiro de 2019, ano em que foi eleita presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (também a primeira mulher a exercer esse cargo).

Em janeiro de 2021 concorreu à Presidência do Senado. No entanto, o vencedor foi Rodrigo Pacheco.

Agora, em 2022, fez sua primeira aparição como pré-candidata à Presidência da República, pelo MDB.

Planos e ideais

Simone Tebet oferece diversos planos para os próximos anos. Um deles está voltado para a educação, onde almeja investir na infraestrutura das escolas, universalizar a educação infantil para a faixa etária até 3 anos e melhorar a qualidade dos cursos de Pedagogia e da formação continuada. A pré-candidata à presidência enfatiza que o ensino básico não é responsabilidade somente de estados e municípios.

(Reprodução/Instagram)

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Simone também demonstra oposição à privatização da Petrobrás. Apesar disso, se diz ser liberal na economia e apoiar a privatizações de certas estatais. Em suas declarações, afirmou não ser extrema no quesito de privatização e acha importante a participação adequada do Estado para que a população seja devidamente servida, mas também para que os investidores sejam valorizados igualmente.

Ela também defende que haja uma reforma tributária no país. Simone acredita que isso ajudará no desenvolvimento do Brasil. Na sua perspectiva, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) N° 110 está boa, mas é mal compreendida pelo setor de serviços.

Fora isso, Tebet também entra em pautas mais delicadas, como o aborto, do qual é assumidamente contra, a não ser em casos previstos por lei.

Uma das lutas de Simone no meio político é a igualdade de gênero. Ela planeja desenvolver um Ministério Paritário entre homens e mulheres, onde ambos atuariam em mesmo número e com o mesmo nível de poder.

Polêmicas

Algo que pode ser considerado um tanto polêmico quanto a Simone Tebet seria seu posicionamento sobre o aborto. Seja a favor ou contra, este é assunto um tanto delicado que gera debate por todo o mundo. A pré-candidata afirmou ser contra o aborto, com exceção dos casos previstos por lei, mas também afirma que este assunto não deve ser tratado como um tabu.

Simone na Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (Reprodução/Instagram)

Outra questão que se destacou foi sua declaração sobre as operações da Lava-jato numa sabatina organizada pela Folha e pelo UOL.

“Não fico nem a favor nem contra a questão da Lava Jato. Ela cumpriu um papel importante, escancarou verdadeiros escândalos de corrupção, não adianta o PT dizer que não houve”, disse.

“Não tenho dúvida nenhuma disso. Tenho um bom relacionamento com o (ex-juiz Sergio) Moro e quero acreditar que houve boa-fé. Mas aí tem que perguntar para ele, para os membros do Ministério Público, do Judiciário, para ver se houve má-fé ou boa-fé.”

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Sua posição neutra nestes temas polêmicos e outros, também são alvo de debate. Houve momentos onde foi cobrada a ter um posicionamento mais assertivo nessas questões. Tebet, no entanto, já afirmou através de sua assessoria que “ficar em cima do muro não é uma posição que a caracterize”.

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