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Recrutamento regenerativo marca nova era da seleção humanizada e com foco no bem-estar

Uma nova abordagem vem ganhando força no mercado de trabalho e transformando a forma como as empresas atraem talentos: o recrutamento regenerativo. Combinando o uso de tecnologia com foco na experiência do candidato, diversidade e cultura organizacional, a prática rompe com processos seletivos mecânicos e propõe um modelo mais empático, transparente e eficiente.

Segundo levantamento da Fundação Mudes, em 2025 as empresas estão utilizando ferramentas como people analytics, inteligência artificial (IA) e automação não apenas para acelerar etapas, mas para embasar decisões mais assertivas e melhorar a retenção de talentos. Os dados apontam que 88% das organizações globais já adotam IA em seus processos seletivos, com resultados como a redução de 89% no tempo gasto com tarefas repetitivas e corte de até 86% nos custos de contratação.

Para Paula Dantas, CEO da Inova Hub Corporativo e fundadora do movimento Entre Elas, o recrutamento regenerativo representa uma mudança profunda no papel das empresas durante o processo de contratação. “O recrutamento regenerativo vai além de preencher vagas, é construir um ambiente onde cada pessoa se sinta ouvida, respeitada e valorizada. Isso exige transparência, eliminação de vieses e o uso ético da tecnologia, com a IA como aliada, não protagonista”, afirma.

Ela reforça que essa mudança de postura tem impacto direto na reputação da marca empregadora. “Dados e automação são importantes, mas o centro deve ser a jornada humana. Se um candidato passa por um processo respeitoso, com feedback real e acolhimento, ele leva essa experiência para o mercado, e isso fortalece a imagem da empresa”, destaca.

Estratégia

Para empresas que desejam adotar o modelo, Paula Dantas recomenda cinco ações estratégicas: investir em feedback estruturado e jornadas transparentes; implementar IA com governança e validação humana; usar people analytics com foco em desenvolvimento; promover diversidade com processos seletivos inclusivos; e humanizar cada etapa, com acolhimento psicológico, flexibilidade e escuta ativa.

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