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Por que Belo Horizonte é um berço natural para árvores frutíferas comestíveis 

BH recebeu, neste ano, o título de Cidade Floresta do Mundo 

Belo Horizonte recebeu, pela segunda vez, o título de Cidade Floresta do Mundo. Um dos motivos é o número de árvores frutíferas na capital mineira. O conjunto raro de características ambientais e culturais que favorecem o desenvolvimento de árvores frutíferas comestíveis, explica Fernanda Raggi, professora do curso de Biologia da Una.
 

A cidade apresenta temperaturas mais amenas, um período chuvoso bem definido e um inverno seco, sendo uma combinação ideal para espécies frutíferas originárias de ambientes tropicais, quentes e úmidos. “As chuvas da primavera, especialmente entre outubro e novembro, são fundamentais para o plantio e para o estabelecimento de novas mudas. Já o inverno seco contribui para reduzir pragas e doenças que se proliferariam em climas mais úmidos”, explica a professora.
 

O solo também tem papel decisivo. Minas Gerais possui dois tipos predominantes: o latossolo e o cambissolo. Ambos são bastante favoráveis ao desenvolvimento de frutíferas: apresentam boa drenagem, permitem excelente aeração, favorecem o crescimento das raízes e evitam o encharcamento. Embora naturalmente ácidos e, no caso dos latossolos, de baixa fertilidade, esses solos são facilmente corrigidos e enriquecidos com matéria orgânica no ambiente urbano.
 

Segundo Fernanda Raggi, essas condições possibilitam o cultivo de espécies muito apreciadas pelos moradores, como manga, jabuticaba e goiaba e essas são algumas das árvores que mais se adaptam ao clima e ao solo da capital.
 

Além dos aspectos ambientais, há um forte componente cultural. Belo Horizonte, que já recebeu o título de “Árvore Cidade do Mundo”, nasceu sobre antigas fazendas e manteve tradições rurais. Quintais produtivos, hortas urbanas e agroflorestas fazem parte do modo de vida de muitos moradores, especialmente daqueles que migraram de cidades do interior. “Existe um carinho especial pelas frutíferas porque elas carregam memórias afetivas dos quintais da infância e do contato com a terra”, destaca Raggi.

Sobre a Una 

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