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Mútua é arte em rede: residência em BH nasce da experiência entre mulheres e se firma como espaço de troca, criação e escuta 

Entre conversas em torno da mesa, reuniões semanais de coletivo e cafés compartilhados com outras artistas, nasceu a semente do que hoje é o Mútua – residência artística voltada a mulheres artistas visuais, com inscrições abertas até 13 de julho para sua terceira edição. A proposta é da artista visual e gestora cultural Lina Mintz, em parceria com Catarina Maruaia e Renata Delgado, suas companheiras de percurso desde 2013, quando fundaram o Coletivo Naiá.

“Os encontros do Naiá eram o nosso espaço de partilha: falávamos da vida, das artes, dos desafios, dos sonhos, e nos ajudávamos mutuamente — com opiniões, com críticas, com apoio prático”, lembra Lina. Desses encontros surgiu também o projeto Mulheres em Círculo, mapeamento de 55 iniciativas lideradas por mulheres em Belo Horizonte, que deixou como legado a força das conversas e dos atravessamentos cotidianos. “A maior inspiração do Mútua veio daí: do convívio, da escuta, da vontade de estar junto e construir juntas.”

O Mútua parte da ideia de que espaços de criação entre mulheres geram estéticas, poéticas e conversas que não emergem em contextos mistos. “São ambientes mais acolhedores, onde se pode errar, testar, ser atravessada por dúvidas e afetos, sem o peso da disputa ou da performance”, afirma Lina. A residência, gratuita, acontecerá entre setembro e outubro em Belo Horizonte, com encontros semanais, imersão criativa, aulas abertas ao público e ateliê compartilhado.

Além da artista anfitriã e das parceiras convidadas, serão selecionadas três artistas por meio de edital. A proposta é acolher criadoras em fase de entrada ou consolidação no circuito da arte, que ainda não tenham acesso estruturado a espaços formativos. “A gente quer mulheres que estão ensaiando seus primeiros passos, que já criam, mas precisam de tempo, de troca, de escuta e de visibilidade para continuar.”

Para Lina, o aspecto mais potente do Mútua segue sendo o mesmo desde o primeiro experimento em 2021: o tempo dilatado da conversa. “É quando a gente se reconhece uma na outra e também nas diferenças. Quando uma fala, a outra se move. Isso é o que me move a continuar produzindo — não só arte, mas espaços onde seja possível criar com calma, sem pressa, com presença.”

2025

Para 2025, a proposta se mantém ancorada em princípios como escuta, coletividade e formação, ampliando o acesso à criação artística por meio de ferramentas práticas e espaços de elaboração teórica e sensível. Também participam da equipe as artistas Maria Vaz e Yanaki Herrera, responsáveis pelas aulas abertas ao público durante a residência.

Cronograma

  • Lançamento do edital: 16/06
    • Inscrições: 16/06 a 13/07
    • Divulgação das selecionadas: 05/08
    • Residência: 01/09 a 01/11
    • Ateliê aberto: 01/11
    • Publicação digital: 24/11

Todas as atividades são gratuitas. A residência é voltada exclusivamente a mulheres artistas visuais, com atuação em Belo Horizonte ou possibilidade de deslocamento para a cidade durante o período da imersão.

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Mais informações: 

https://drive.google.com/file/d/11kS5JRe8NfZay9PbL5F0_rSD1GgqMouG/view

link para o edital: 

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfIKMvi64mRLebimi8vAaZsWNLdTQ1sADj4pORc0V-gmmmgUQ/viewform

@mutua.arte

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