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Moradores de Pirapora do Bom Jesus (SP) travam batalha contra a implantação de aterro sanitário na “Cidade da Fé”

Desde que descobriram que tramita na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) o processo de autorização para implantação de um aterro sanitário, os moradores da cidade de Pirapora do Bom Jesus, localizada na Grande São Paulo, a apenas 58km da capital paulista, travam uma batalha para impedir a implantação do empreendimento na “Cidade da Fé”.

O projeto desse aterro sanitário é para o recebimento de 7.000 toneladas por dia de resíduos sólidos domiciliares e públicos, ditos urbanos, e um aterro industrial, os quais vão provocar danos irreparáveis ao meio ambiente da pequena cidade de Pirapora do Bom Jesus.

Há algumas semanas os moradores vem pressionando os 9 vereadores do município e o Prefeito Gregorio Maglio. Desses, apenas 3 representantes do Poder Legislativo se manifestaram contra o empreendimento, já o Chefe do Poder Executivo tentou tranquilizar os moradores enviando mensagens nas redes sociais informando que era “fake news”. O que mais chama atenção é que o processo de autorização tramita há mais de um ano e nenhum munícipe tinha conhecimento até o início do mês de abril.

Uma cidade cortada por um rio sinuoso, o Tietê. O caminho dos bandeirantes, dos romeiros e fiéis, Pirapora do Bom Jesus, a “Cidade da Fé Viva”, tem 18.370 habitantes, e pertence à Região Metropolitana de São Paulo, a 58 km da Capital e recebe anualmente 600 mil visitantes graças ao seu Santuário Cristocêntrico, o primeiro do Brasil. Em termos de Turismo Religioso, a cidade só perde em termos de número de romeiros para Aparecida, no Vale do Paraíba. Pirapora do Bom Jesus está, assim, inserida nos calendários estadual e nacional das datas religiosas e está encravada em um vale, entre grandes elevações da Serra do Ivoturuna.

O futuro da “Cidade da Fé” é incerto caso não haja manifestação do Poder Legislativo e Poder Executivo para travarem essa implantação que ocasionará não só impactos no meio ambiente, mas também na infraestrutura do município e até mesmo no turismo religioso, uma vez que, com a quantidade de caminhões trafegando pelas vias do município, aumentam os riscos de acidentes, fazendo com que os romeiros fiquem propícios aos riscos, influenciando negativamente no desenvolvimento da cidade.

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