Médico anestesista é filmado estuprando paciente
A equipe medica da unidade de saúde desconfiou do comportamento suspeito do médico anestesista e decidiram então gravar. A técnica de enfermagem que usou o celular para gravar o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra disse que não acreditou nas imagens que foram gravadas . “Quando pegamos o celular, foi tudo muito chocante”, afirmou.

“Foi tudo muito chocante. Não imaginávamos que iríamos ver aquela cena. Não imaginávamos que aquilo estaria no celular,” contou ela ao Extra. ” Ele estava lá há dois meses e nos conhecemos durante as operações. Ele era reservado e não falava muita coisa. ” concluiu.
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A cena que ela está se referindo é o momento em que o anestesista coloca seu órgão genital na boca da paciente que estava anestesiada. O ato praticado pelo médico foi no momento em que a vítima estava na sala de parto para dar à luz.
Depoimento de outras vítimas do médico anestesista
Naiane Guedes de Oliveira, de 30 anos, foi uma das pacientes sedada pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra que compareceu na terça-feira(14) para depor na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A mulher comentou que achou estranho o procedimento adotado por Giovanni durante a cesárea realizada no dia 5 de junho, no Hospital Estadual da Mãe de Mesquita. A mulher, que autorizou ter o nome e a foto divulgada, disse que ficou completamente sedada.

Compareceu também no local o marido de outra mulher — que teve gêmeos — na unidade de saúde e que foi atendida por Giovanni, ele prestou depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti. O homem saiu sem falar com os jornalistas. A primeira paciente do domingo , atendida pelo médico anestesista Giovanni Bezerra, de 31 anos, também também compareceu a delegacia de São João. Acompanhada de um advogado, ela estava de capuz e não falou com a imprensa.
A delegada Bárbara Lomba, titular da Deam, afirmou que não descarta pedir na Justiça que o anestesista seja obrigado a fazer um exame de HIV. Bárbara confirmou que a mulher que foi estuprada durante o parto e que teve o crime gravado tomou um coquetel anti-HIV no domingo, seguindo o protocolo para os casos de violência sexual. A vítima foi liberada para amamentar o bebê nesta ultima quinta-feira.
Possibilidade de pedido de testes de DST para o médico e suas vítimas.
” Tudo pode ser requerido judicialmente. Essas medidas invasivas podem ser pedidas desde que justificadas para que se configure um possível crime. Claro, diante da possibilidade de um outro possível crime, que seria a transmissão de moléstia, poderia haver essa possibilidade. Só que nós temos como testar as vítimas. Me parece que esses profissionais de saúde têm que ser cadastrados caso eles tenham alguma doença Eu vou buscar esta informação. Vamos por partes. Tem que se estudar um pouquinho, mas eu não descarto o pedido (do exame de HIV).”
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A delegada disse ainda, que a mulher que foi vítima do médico está muito abalada psicologicamente, mas tem condições de depor:
“Vamos aguardar a vítima do estupro. Falei com ela ontem e foi emocionante. Ela chorou comigo ao telefone. Ela está muito abalada psicologicamente, mas que tem condições da falar, prestar as declarações. Ela está bem, o filho está bem, voltou a amamentar agora, porque estava impossibilitada (por conta do coquetel). É um protocolo tomar o coquetel no caso de violência sexual. Eu a tranquilizei e disse que vamos terminar a investigação. Perguntei se ela estava bem, ela chorou, disse que o filho está bem.“
A mulher de 36 anos que teve o aparelho retido para investigação, foi retirar o aparelho nesta ultima quinta-feira (14/7) no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), onde ele estava passando por perícia. O médico foi filmado por um aparelho telefônico escondido em um armário de medicamentos dentro do centro cirúrgico.
Giovanni está preso desde segunda-feira (11/7) por estupro de vulnerável. A polícia investiga se outras 30 mulheres foram vítimas do anestesista.