Medicina digital avança e redefine o cuidado: tendências e premissas para 2026
Com crescimento acelerado no Brasil e no mundo, saúde digital se consolida como pilar estratégico do setor; André Bressan aponta os caminhos para os próximos anos
A medicina digital entra em 2026 como um dos segmentos mais dinâmicos, inovadores e necessários da saúde mundial. A consolidação de tecnologias como prontuários eletrônicos inteligentes, teleatendimento, monitoramento remoto, análise preditiva e integração de dados coloca o Brasil em posição de destaque no ecossistema global. De acordo com projeções de consultorias internacionais de saúde e tecnologia, o mercado de soluções digitais deve manter um ritmo de expansão anual em torno de dois dígitos, impulsionado pela transformação da relação entre pessoas, empresas e sistemas de cuidado. Tendências como personalização, prevenção contínua e medicina baseada em dados deixam de ser futuro e se tornam uma demanda imediata.
No Brasil, o movimento segue acelerado. Com a ampliação do acesso à internet, maior alfabetização digital e investimentos crescentes das empresas do setor, a saúde digital se tornou uma das áreas mais estratégicas dentro da medicina contemporânea. Hospitais, clínicas, operadoras, startups e empresas de tecnologia passaram a convergir em modelos integrados, em que informação, acompanhamento remoto e inteligência artificial aumentam eficiência, reduzem custos e ampliam a capacidade de cuidado. Essa transição abre espaço para um novo desenho de jornada do paciente, mais transparente, contínua e centrada nas necessidades reais das pessoas.
Para André Bressan, porta-voz da área, a principal mudança é cultural. “A medicina digital não é apenas um avanço tecnológico; é uma nova forma de entender saúde. O cuidado deixa de ser episódico e passa a ser contínuo, acessível e baseado em dados que realmente importam para a vida das pessoas”, afirma. Ele destaca que os próximos anos serão marcados pela integração de sistemas e pela consolidação de modelos híbridos de atendimento, que combinam presença física e digital de maneira fluida – também chamado de phygital.
O avanço da inteligência artificial generativa e dos sistemas de apoio à decisão clínica também deve redefinir o papel de médicos e de outros profissionais de saúde. Em vez de substituir especialistas, essas ferramentas tendem a reforçar sua atuação, trazendo mais precisão, rastreabilidade e segurança para diagnósticos e condutas. Segundo estudos globais de consultoria, essa integração tecnológica pode reduzir gargalos operacionais, otimizar fluxos clínicos e elevar a qualidade assistencial, especialmente em regiões com menor acesso a profissionais.
A expectativa para 2026 inclui ainda a expansão do monitoramento remoto de pacientes com doenças crônicas, o crescimento dos dispositivos wearable, a ampliação da interoperabilidade entre plataformas e a consolidação de ecossistemas de saúde preventiva. “O futuro da medicina será construído a partir da capacidade de transformar dados em cuidado proativo. Quem conseguir integrar tecnologia, humanização e acesso será protagonista dessa nova era”, reforça Bressan.
Com um cenário de alta complexidade e grandes oportunidades, a medicina digital se estabelece como um caminho sem volta. O setor entra em 2026 preparado para um salto que deve impactar empresas, profissionais e principalmente pacientes, inaugurando um ciclo mais sustentável, inteligente e humano no sistema de saúde.

