Jair Bolsonaro: Candidato a presidência 2022
Seguindo a apresentação dos candidatos à presidência da República, chegamos a Jair Bolsonaro. atual presidente e candidato à reeleição
Nascido no interior de São Paulo, no município de Glicério em 21 de março de 1955. Passou sua adolescência com a família no município de Eldorado no Vale do Ribeira, completou o ensino médio no Científico Estadual de Eldorado Paulista.
Ele é o terceiro filho entre os irmãos, sendo três meninos e três meninas. Durante sua infância caçava passarinhos com espingarda de chumbinho e ganhava dinheiro com a extração de palmito silvestre.
Os amigos de Bolsonaro o apelidaram de Palmito, mas com o tempo ele se tornou apenas Mito, seu apelido não tem nenhuma relação com os seus feitos.
Se formou na academia das agulhas negras em 1977, no município de Resende onde iniciou sua carreira militar.
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Serviu na artilharia de campanha e paraquedismo do Exército Brasileiro. Em 1986 ficou conhecido publicamente por publicar um artigo na revista Veja onde criticava os baixos salários dos militares, e por conta desse texto ficou preso por 15 dias.
Um ano depois a revista Veja publicou uma matéria acusando-o de planejar plantar bombas em unidades do exército. Foi condenado em primeira instância, o Superior Tribunal Militar o absolveu em 1988, e no mesmo ano foi para reserva como capitão.
Inicio da carreira de Bolsonaro
Iniciou sua carreira política em 1989, começou como vereador na câmera dos vereadores do Rio de Janeiro, pelo Partido Democrata Cristão, seu início se deu por acaso, pois a vontade era permanecer na carreira militar.
Ficou dois anos como vereador, apresentou sete projetos de lei, um deles foi o que dava gratuidade aos militares para usar o transporte urbano. Ele usou seu mandato para viabilizar as causas militares. Era um vereador conservador, discreto e pouco participativo.
No ano de 1990 foi eleito deputado federal, pelo PDC, além desse mandato, foi filiado por outros oito partidos, PPR (1993-1995), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL (2005), PP (2005-2016), PSC (2016-2017) e o PSL (2018-2019).
Concorreu por três vezes à presidência da Câmara dos deputados, e não conseguiu ser eleito, sendo na sua última tentativa em 2017 teve apenas quatro votos.
Foi titular das Comissões de Relações Exteriores, de Defesa Nacional e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, e suplente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
E em março de 2005 foi condecorado pelo presidente Lula com a admissão à Ordem do Mérito Militar no Grau Grande-Oficial especial.
Em 26 anos na câmera dos deputados, apresentou 172 projetos de lei, sendo relator de 73 deles. Ele conseguiu aprovar dois projetos de lei, e uma emenda. Uma PEC que prevê emissão de recibos junto ao voto nas urnas eletrônicas, uma proposta de Isenção sobre produtos industrializados para bens de informáticas, e outra que autoriza o uso da fosfoetanolamina, substância que ficou conhecida como a “pílula do câncer”, onde testes realizados pelo ICESP atestaram ineficácia do composto químico.
Bolsonaro eleito para a presidência
Em 2018 se candidatou a presidência da República pelo PSL, com General Mourão para vice, para coligação “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, ele alcançou a marca de 1 milhão de reais em doações para campanha, por meio de financiamento coletivo.
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Durante a campanha, no dia 6 de setembro de 2018 sofreu um atentado em Juiz de Fora, que o levou para cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora.
Ele teve 46,03% dos votos no primeiro turno em 7 de outubro de 2018, e saiu vencedor no segundo turno contra o candidato petista Fernando Haddad. Sendo o décimo quinto militar a chegar à presidência do Brasil.
Em 31 de outubro, já como presidente eleito, Bolsonaro anunciou seus ministros, Marcos Pontes como ministro da Ciência e Tecnologia, Paulo Guedes como ministro da Economia, Sérgio Moro como ministro da Defesa.
Sua posse foi em 1 de janeiro de 2019, recebeu a faixa de Michel Temer, e sua posse foi a que teve o maior reforço de segurança, contando com seis mil agentes e 2,6 policiais militares.
Seu governo é composto por 22 ministérios, sete a menos do que seu antecessor e sete a mais do que ele prometeu em seu plano de governo. Houve nove troca de ministros em seu governo no primeiro ano.
Plano de governo
Seu plano de governo foi denominado como “Caminho da Prosperidade”, que era um documento de 81 páginas onde descrevia redução e junção de algumas pastas. E previa o aumento do número de escolas militares no país. Esse documento foi criticado como “superficial”, pois não mostrava de onde custearia os projetos.
No segundo ano houve a pandemia de Covid-19, onde ele trocou algumas vezes seu ministro da saúde. E o Brasil saiu da lista das dez maiores economias do mundo, pela primeira vez desde 2007. A economia voltou a crescer em 2021, porem abaixo do que era esperado pelo FMI.
As relações internacionais de seu governo, se alinharam com a postura do governo. Estreitando relações com os EUA durante a presidência de Trump e Israel, reforçando seus ideais.
Em maio de 2019 seu governo foi alvo de manifestações populares, segundo os institutos de pesquisas a aprovação do governo teve uma queda enquanto a rejeição subia. Em março de 2021 enfrentou uma crise militar, onde líderes dos três ramos das Forças Armadas renunciaram a seus cargos após a substituição do ministro da Defesa.
A campanha para sua reeleição foi oficializada em 24 de julho de 2022, tendo como vice; Walter Braga Neto.
O candidato conta com o apoio de vários nomes da música sertaneja como Gustavo Lima, Zé Neto e Cristiano, Bruno e Marrone, Sergio Reis.