Economia e Negócios

Fed aumenta juros em 0,75%, maior alta desde 1994

Nesta quarta-feira (15), foi decidido o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos. A decisão tomada pelo Federal Reseve, Banco Central dos EUA, elevou a taxa para a faixa de 1,5% a 1,75%. Trata-se de um aumento de 0,75% pontos percentuais em relação a última decisão de juros em maio. Motivo do aumento seria para conter o avanço da inflação.

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Este reajuste na taxa de juros mostra que a Fed almeja intensificar as respostas monetárias. Isso se deve ao avanço inflacionário que o país vem tendo. Em maio, o CPI (índice de preços ao consumidor, em tradução), atingiu acumulo de 8,6%. Essa alta de preços é maior do que as projeções de mercado feitas anteriormente, sendo este um grande motivador da decisão do Fed.

O Comitê Federal de Mercado Aberto, projeta um aumento do juros de até 3,4% até o fim do ano. Ou seja, mais 1,75% de aumento na taxa ao longo de 2022. Há ainda estimativas de outras autoridades monetárias de um pico de 3,8% em 2023.

Em comunicado emitido após a divulgação da taxa de juros, o Fed se mostrou comprometido a recuar a inflação para 2% no longo prazo. Junto com isso, está previsto que mais aumentos na taxa de juros serão apropriados para a contenção do avanço inflacionário.

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Jerome Powell, presidente do Fed, em discurso (Reprodução/Instagram)

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O desemprego nos EUA segue em níveis baixos. Há forte demanda por energia em face da temida falta do diesel pelo mundo. Os preços continuam afetando o bolso do consumidor americano, subindo constantemente. Além disso, mesmo com o ajuste no juros, os índices de ações dos EUA mantiveram-se em alta após a divulgação da taxa.

Impactos da alta da taxa de juros

A alta de juros dos Estados Unidos não afeta o país isoladamente. Pelo contrário, ela causa muitos impactos externos na economia, até mesmo no Brasil.

Com a alta da taxa de juros, índices de ações tendem a decair ao longo do tempo. Geralmente, essas reações no mercado de investimentos são quase que imediatas após a divulgação. índices como o S&P 500 e o Nasdaq são um dos afetados, e até mesmo o Ibovespa (índice de ações brasileiro). Essas quedas afetam o bolso de investidores de ações e diminui a negociação, assim afetando as empresas.

Junto com isso, o dólar tende a se valorizar, pois os juros altos elevam a atratividade da dívida dos EUA. Ela é considerada a mais segura do mundo.

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Dólar, meramente ilustrativo (Reprodução/Freerangestock)

Por fim, há a diminuição do avanço inflacionário, que é o principal objetivo da Fed com esses últimos aumentos. Isso não significa que o avanço será interrompido, mas não será tão drástico.

No Brasil, a aumento de juros afeta as ações, como mostrado acima. Mais do que isso, pode aumentar o preço de recursos importados. Isso é negativo tanto para o bolso do consumidor quanto para o custo de produção de indústrias e outras empresas brasileiras.

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