Especialista reforça importância da prevenção e vacinação contra o HPV no Ceará
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Estado se destaca na cobertura vacinal entre meninas, mas busca ampliar proteção entre meninos e atingir meta de 90% até 2026
Fortaleza, outubro de 2025 — Outubro é o mês dedicado à conscientização sobre o HPV (Papilomavírus Humano), vírus sexualmente transmissível relacionado a diversos tipos de câncer — especialmente o de colo do útero — e que ainda enfrenta desinformação e resistência em parte da população. A campanha reforça a importância da vacinação, do diagnóstico precoce e da realização de exames preventivos regulares, como o Papanicolau, fundamentais para reduzir a incidência da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil vem ampliando a cobertura vacinal contra o HPV após períodos de baixa adesão. Em 2024, a cobertura entre meninas de 9 a 14 anos ultrapassou 82%, enquanto entre meninos chegou a 67%. No Ceará, o cenário é um dos mais positivos do Nordeste: até 2024, o estado registrou 81,5% de cobertura vacinal entre meninas e 66,29% entre meninos na faixa etária de 9 a 14 anos.
Em 2025, o Ministério da Saúde lançou uma estratégia estadual para vacinar 113 mil jovens entre 15 e 19 anos que ainda não haviam sido imunizados. O Ceará também integrou a “Aliança pela Vacinação contra o HPV”, iniciativa que tem como meta atingir 90% de cobertura vacinal até 2026. Historicamente, o estado figura entre os poucos do Nordeste que já ultrapassaram 80% na primeira dose para meninas e alcançaram 53,8% entre meninos, resultado que demonstra avanço, mas ainda exige mobilização para alcançar a meta estabelecida.
Para Bianca Alcântara Varchavsky, ginecologista da Clínica SiM, a prevenção é o caminho mais eficaz na luta contra o HPV. “O diagnóstico precoce e a vacinação são as duas grandes armas que temos para combater o HPV. Quando administrada antes da exposição ao vírus, a vacina protege de forma quase total contra os tipos mais associados ao câncer. Além disso, o exame Papanicolau é essencial para detectar alterações nas células do colo do útero antes que evoluam para quadros mais graves. É fundamental que mães e pais garantam a imunização de seus filhos e que as mulheres mantenham os exames preventivos em dia”, reforça a médica.
A vacina contra o HPV é segura, gratuita e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos, agora em dose única, o que simplifica o processo e amplia o acesso. Jovens de 15 a 19 anos que ainda não se vacinaram também podem procurar os postos de saúde, já que o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária de vacinação. Estudos comprovam a segurança e a eficácia do imunizante, utilizado há mais de uma década em diversos países com resultados expressivos na redução de casos de câncer de colo de útero e de verrugas genitais.
Apesar disso, mitos e tabus ainda afastam parte das famílias. “Entre os equívocos mais comuns está o de que a vacina estimula o início precoce da vida sexual, ou de que o imunizante causa reações graves, quando, na realidade, os efeitos adversos são leves e temporários. Outro mito frequente é pensar que apenas meninas devem ser vacinadas, quando os meninos também estão expostos ao vírus e podem desenvolver câncer de pênis, ânus e orofaringe, além de transmitir a infecção”, explica a ginecologista.
Prevenção contínua
Além da vacinação, o uso do preservativo segue sendo uma medida importante de proteção, embora não ofereça cobertura total contra o HPV, pois o vírus pode atingir áreas não protegidas. Já o exame Papanicolau, indicado a partir dos 25 anos ou conforme recomendação médica, é essencial para detectar alterações nas células do colo do útero e permitir o tratamento precoce.
No Ceará, a campanha de outubro busca mobilizar famílias, escolas e profissionais de saúde para ampliar o acesso à vacinação e à informação. O engajamento de pais e responsáveis é essencial para atingir a meta de 90% de cobertura vacinal até 2026 e consolidar o estado como referência em prevenção.
Sobre a Clínica SiM
A Clínica SiM, integrante do Grupo SiMco, é uma rede de clínicas de saúde acessíveis com presença nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Maranhão. Com mais de 300 mil beneficiários ativos, a empresa se destaca pelo compromisso com a democratização da saúde, combinando expansão estratégica, inovação e inclusão para ampliar o acesso a serviços médicos de qualidade.
Serviço
Para mais informações sobre a Clínica SiM e seus serviços, acesse o site www.clinicasim.com.br ou entre em contato pelo telefone 0800 357 6060.
Foto: José Cruz/Agência Brasil