Endividamento de famílias cresce
O segundo semestre de 2022 registrou 29% das famílias brasileiras com endividamento ou inadimplência no mês de julho. Dados foram divulgados em publicação da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Essa é a maior porcentagem obtida no índice mensal desde 2010.
Veja mais: O Reino Unido já tem uma nova primeira-ministra
Segundo a CNC, o endividamento total registrado desde o início do ano até julho, seria de 78% das famílias. Maior índice registrado em 12 anos. Houve um aumento de 0,7 ponto percentual em comparação de julho com junho. Na comparação com julho de 2021, a diferença é de 6,6 pontos. Ainda, 22% dos brasileiros alegam ter mais da metade de sua renda gasta com o pagamento de dívidas.
Além disso, a pesquisa mostrou que maior parte dos cidadãos que permanecerão inadimplentes têm baixa escolaridade. A maioria deles não concluiu o ensino médio. Por terem uma renda menor, são mais afetados pela inflação e precisam recorrer a endividamentos para continuar consumindo.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as medidas tomadas pelo governo mostraram resultados nos últimos índices. No período de Abril, Maio e Junho, houve uma baixa no número de famílias endividadas ou inadimplentes. Logo após, o número subiu novamente. Medidas econômicas tomadas, como os saques extras do FGTS e antecipação do 13° salário, teriam contribuído para isso.
Endividamento com cartão e financiamento
O percentual de pessoas com dívidas no cartão de crédito ainda é alta. Porém, a pesquisa registrou um índice menor do que no início de 2022. O total de brasileiros endividados no cartão desceu de 88,8% para 85,4%. Os consumidores com até 35 anos são a maioria nesse grupo. Também, famílias que ganham mais de 10 salários mínimos são as mais presentes nessa estatística.
Veja mais: Klara Castanho presta queixa contra Leo Dias e Antônia Fontenelle
Outro ponto mostrado na pesquisa é sobre o financiamento, que teve o menor índice em 1 ano. Em Julho de 2021, 12% das famílias financiavam carros e 9,7% casas. Em Julho de 2022, esse percentual diminuiu para 10,6 e 7,6% respectivamente. O motivo disso seria o crescimento dos juros, que tornou o financiamento menos conveniente.
Essa pesquisa foi publicada no site da CNC, no dia oito de agosto desse ano.
Veja mais: Rússia ameaça parar venda de petróleo