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Empresas adotam semana de 4 dias

Nos últimos tempos, diversas empresas pelo mundo inteiro estão adotando uma semana de trabalho de 4 dias úteis. O objetivo é testar os efeitos de uma jornada de trabalho reduzida em seus funcionários. Tal mudança já chegou no Brasil e vem apresentando resultados favoráveis. O novo modelo passou a ser adotado em vista das novas necessidades que o trabalhador médio obteve ao longo dos anos.

Empresas adotam semana de 4 dias

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Há mais de um século, Henry Ford estipulou uma jornada de trabalho de 5 dias úteis. Dessa forma, o funcionário teria o descanso e o tempo de trabalho necessário para que fosse produtivo e saudável. Com o passar dos anos, esse modelo se tornou o padrão para a maioria das empresas. De fato, levando em consideração o contexto de sua época, aquela parecia ser a melhor opção.

No entanto, ultimamente essa visão está mudando. A vida nos tempos atuais tornou-se mais caótica, burnouts são mais comuns, demissões estão aumentando… Em vista de tantos problemas, levantou-se o questionamento se a jornada de trabalho atual era a ideal.

Por isso, para colocar essa questão a prova, empresas e startups adotaram a semana de 4 dias úteis. Estas optaram por reduzir ou não o salário dos funcionários. Surpreendentemente, os testes realizados nos períodos da adoção do modelo mostraram resultados positivos.

Os funcionários relataram queda nos níveis de stress, melhor qualidade de vida, e menos cansaço durante a semana. Consequentemente, tais fatores vieram a aumentar a produtividade dos mesmos. Fora isso, uma semana encurtada de trabalho reteve mais funcionários a longo prazo. Ou seja, a quantidade de demissões ou funcionários com essa pretensão diminuiu.

Semana de 4 dias no exterior

Como dito acima, países do exterior no mundo todo estão testando este novo modelo. Um exemplo é a Islândia, onde os pesquisadores relataram resultados “esmagadores”.

Produtividade e saúde dos funcionários melhorou
Produtividade e saúde dos funcionários melhorou (Reprodução/Freerangestock)

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Neste país, foi relatado que a produtividade melhorou ou aumentou. Houve uma facilidade maior em equilibrar a vida profissional e familiar. Além disso, há redução clara de estresse e esgotamento. Estes resultados levaram, inclusive, alguns sindicatos a renegociar os padrões de trabalho. 86% da força de trabalho mudou as escalas para menos horas.

No Japão, a pesquisa também foi um sucesso. A empresa Microsoft foi quem decidiu realizer o teste em agosto de 2019. A empresa disponibilizou as sextas-feiras como dia de folga para os funcionários.

O estudo feito apontou que os trabalhadores se adaptaram a carga horária reduzida. As reuniões tornaram-se mais rápidas e objetivas. Consequentemente, a produtividade aumentou 40% no período. Junto a isso, houve grande redução de gastos na empresa. 25,4% menos dias de folga foram tirados durante o mês; 58,7% menos páginas foram imprimidas; e 23,1% menos eletricidade foi consumida.

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Outras empresas estrangeiras, como a Unilever e a Perpetual Guardian também realizaram essa pesquisa. No Brasil, destacaram-se as companhias de tecnologia. Dentre elas estão a Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva.

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