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Cultura – Teatro – Grande Sertão: Veredas – Riobaldo 

Adaptação do clássico de Guimarães Rosa em cartaz no Teatro Prestes a completar 90 anos, o Minas Tênis Clube está em festa! Como parte da programação especial das nove décadas do Minas, apresentamos o FESTA – Festival de Teatro e Artes. Com programas voltados aos públicos infantil e adulto, o festival é uma ode à inventividade dos artistas e à diversidade de reflexões que emergem das singularidades de suas montagens. O FESTA celebra a obra-prima de Guimarães Rosa com o espetáculo “Grande Sertão: Veredas – Riobaldo”. Desde sua estreia, em 2020, “Riobaldo” tem sido aclamado pela crítica e pelo público, sendo indicado ao Prêmio Shell Rio 2023 nas categorias de Melhor Dramaturgia e Melhor Ator. A peça, que é a primeira parte da trilogia teatral da obra-prima de João Guimarães Rosa, oferece um mergulho profundo na alma humana e na riqueza da linguagem sertaneja. Com um recorte fiel e sensível, o espetáculo capta a essência do romance publicado em 1956, que revolucionou a literatura brasileira com sua visão singular do sertão e sua exploração metafísica do ser humano. Com apresentações no Brasil, em Lisboa e em Porto (Portugal), ao longo de sua trajetória, “Riobaldo” já foi assistido por mais de 37.000 pessoas, reafirmando seu impacto e importância. Personagem central do romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o ex-jagunço Riobaldo relembra seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu em “homem de bem”. Trecho da crítica de Furio Lonza:
“…Riobaldo é teatro na veia, um Guimarães pocket, algo de novo na dramaturgia nacional; sem adereços, sem cenografia e sem figurinos, mas com uma luz abrasiva pilotada pelo experiente Aurélio de Simoni. Em cena, Gilson de Barros administra o tempo e o espaço como se fosse um demiurgo regendo o sol do sertão, uma espécie de deus onisciente que acompanha com ternura, passo a passo, as andanças de suas criaturas lá embaixo, nas veredas de um mundo lancinante e despreparado para conceber uma lógica formal do cotidiano…” Olhar Teatral, por Paty Lopes, crítica teatral:
“Riobaldo”: saber contar história é uma dádiva. Trecho da crítica de Claudia Chaves:
“…É desse Brasil seco, grande mas pequeno, universal mas local, tropical mas deserto, que vemos desfilar as mulheres, os amores de Riobaldo, um homem que, no recorte da peça, se faz menino, humilde, temeroso dos gestos afetivos, mas corajoso, certeiro e objetivo quando maneja as armas. É que vemos que a história de Riobaldo não é a metáfora do menino que vira homem, do jagunço que vira chefão. É a mais linda história de amor, pois é a paixão pela essência, pelo que mostramos de nossa subjetividade. Assim como fez Diadorim.” Pelo olhar de Amir Haddad:
Li as duas primeiras páginas do ‘Grande Sertão’ várias vezes até perceber que aquela ‘língua’ tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na ‘língua’ brasileira. Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis. Pelo olhar de Gilson de Barros:
Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro Grande Sertão: Veredas. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra. O objetivo é traduzir a prosa roseana para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei. Mas não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem. Evoé! Ficha Técnica
A partir do livro Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa
Recorte e atuação: Gilson de Barros
Direção: Amir Haddad
Cenário e figurinos: Karlla de Luca
Iluminação: Aurélio de Simoni
Programação visual: Guilherme Rocha, Mikey Vieira e Pedro Azamor
Assessoria de Imprensa e Produção Executiva: Júlio Luz
Técnico: Mikey Vieira e Pedro Azamor
Fotos e vídeos: Renato Mangolin SOBRE O FESTAServiço
Grande Sertão: Veredas – Riobaldo – FESTA – Festival de Teatro e Artes
Data: 27/9
Horário: sábado, às 20h
Local: Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas – Rua da Bahia, 2.244
Classificação: 16 anos
Ingressos na bilheteria ou na Sympla. Estacionamento com acesso interno: entrada pela rua da Bahia, ao lado do Teatro. Após estacionar o veículo, o usuário chega ao Teatro por elevador interno, com rapidez e segurança. O Estacionamento fica aberto até meia hora após o fim do espetáculo. 
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Rua da Bahia, 2.244 – Lourdes. Belo Horizonte – MG 

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