Educação

Cotas raciais: USP terá banca de identificação para alunos

A Universidade de São Paulo (USP) aprovou na última quinta-feira (23) a decisão de criarem uma bancada para identificação racial para os alunos que se autodeclaram negros ou pardos no ato da inscrição. A medida é para evitar fraudes nas vagas reservadas para as cotas raciais.

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A USP já coleciona denúncias de fraudes de cotas (Foto: Reprodução/Folha)

Até então a bancada de heteroidentificação era um pedido de alunos negros, entretanto não era aprovada pela USP.

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Desde 2018, a USP abre vagas utilizando cotas de escola pública e de autodeclarantes pretos e pardos, e não havia um controle de identificação

Porém, essa medida permite que novas fraudes sejam denunciadas na USP. Só no período de 2017 e 2021 foram feitas 200 denúncias de fraude de cotas. Sendo que sete delas resultaram na expulsão de alunos

Os critérios usados pela comissão de verificação da USP ainda serão definidos, assim como a composição da banca. A universidade deve colher sugestões até o fim de julho. A ideia é que a identificação ocorra pelo fenótipo do candidato, ou seja, pelas características físicas, como cor da pele.

“Nossa proposta é que primeiro seja feita uma avaliação a partir da fotografia de inscrição dos alunos e com aqueles em que restasse algum tipo de dúvida ou questionamento, faríamos uma conversa presencial”, explicou a pró-reitora de Inclusão e Pertencimento, Ana Lúcia Duarte Lanna ao R7.

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Lembrando que as bancadas de heteroidentificação já estão presentes em outras universidades; como UnB (Universidade de Brasília) que foi a primeira universidade pública a aderir às cotas. 

Sistema de cotas nas universidades

O sistema de cotas, a princípio, é utilizado para reservar 50% das vagas dentro das universidades voltadas para alunos negros, pardos, indígenas, pessoas com deficiências ou de formação na rede pública.

Dados apresentados em 2021 (Foto: Reprodução/Jornal da Unesp)

Tem sido aplicado nos últimos oito anos, com as universidades adotando esse método aos poucos. Desde então, o número de alunos negros e pardos dentro das universidades cresceu. Em 2019, primeiro ano dos sistemas de ingresso com cotas étnico-raciais, 35,1% de pretos e pardos entraram na Unicamp, segundo o Jornal da Unesp.

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Revisão: Rosângela Oliveira

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