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Confiança do empresário do comércio recua em agosto

De acordo com a pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio, analisada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em Belo Horizonte, o ICEC oscilou negativamente em -0,6% em comparação a julho, recuando a 102,5 pontos, mas mantendo o nível de confiança, acima dos 100 pontos, recuperado em julho. 

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) é subdividido em outros três indicadores: Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC).

A pesquisa de agosto mostra divergência entre os dois grupos de empresários entrevistados na pesquisa. O grupo com até 50 empregados mantém nível de confiança aos 102,6 pontos enquanto o grupo com mais de 50 empregados saiu do nível de confiança de julho (105,1) chegando a 95,1pontos.    

Entre os segmentos de bens, semiduráveis e não duráveis mantêm nível de confiança ao contrário de duráveis que saiu de 95,4 pontos no mês passado para 92,2 pontos em agosto.

Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, explica que, apesar de preocupante, a confiança dos empresários do comércio de bens duráveis estar retraindo, se mantendo abaixo do nível de satisfação, já era um comportamento esperado. “A retração mais intensa observada entre os bens duráveis evidencia o quanto esse segmento é vulnerável ao encarecimento do crédito, provocado por juros elevados. Por outro lado, a queda nas vendas de itens básicos, muito atrelados aos segmentos de bens duráveis e semiduráveis revela que até os setores que não são muito dependentes do crédito para suas vendas já estão sentindo os efeitos da desaceleração da demanda dos consumidores”, explica Martins.

Condições atuais da economia, do comércio e das empresas

No mês de agosto, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) caiu 1 ponto, recuando a 76,2 pontos, sendo que, para 77,2% dos empresários do comércio, a condição da economia piorou. O percentual é menor para os empresários de empresas de menor porte, com menos de 50 funcionários (77,1%).

Em relação ao setor, conforme 63,3% dos empresários, houve uma piora nas condições atuais.  Em agosto, houve redução de 0,2 p. p. da percepção de piora nas condições atuais se comparado a julho. As empresas que comercializam bens duráveis são as que mais perceberam piora.

Em relação às condições atuais da empresa, 51,4% afirmaram que houve piora, aumento de 0,3 p. p. de empresários com esta percepção em relação ao mês de julho. No grupo de empresários com até 50 empregados, 51,3% perceberam piora das condições, avaliação que chega a 57,1% dos empresários com maior quadro de funcionários.

Expectativa para economia, o comércio e a empresa

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) fechou , no mês de agosto, em 127,1 pontos, queda de 0,5 p.p. em relação ao mês anterior. Empresas de menor porte, com até de 50 empregados, mostraram-se mais otimistas do que as de maior porte.

Os empresários do comércio da capital estão menos confiantes na situação econômica futura do país sendo que 53,7% deles declararam melhora em relação ao cenário econômico, resultado 4,2 p.p. inferior ao observado no mês anterior.

A confiança na melhora do cenário para o comércio também teve queda. No mês de agosto, 70,3% disseram acreditar nessa evolução, em julho eram 72,4% com essa expectativa.

Já a expectativa de melhora para as próprias empresas teve aumento em agosto. A expectativa de que as vendas vão aumentar cresceu 1,6 p.p. entre um mês e outro alcançando 82,6% dos entrevistados.

Contratações, nível de investimento e estoques atuais

O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) fechou, no mês de agosto, em 104,2 pontos, oscilação negativa de -0,2 p.p. em relação a julho (104,4).

Segundo a pesquisa 67,7% dos pretendem aumentar o quadro de funcionários sendo que, entre as empresas de menor porte (com até 50 empregados), 67,8% têm a intenção de fazer contratações.

Em agosto, o nível de investimentos estava maior para 44,0% das empresas, valor inferior ao observado no mês anterior (45,8%). Para 40,5% das empresas de maior porte, o nível de investimentos se encontra maior, apresentando uma retração no índice quando comparado ao resultado do último mês.

Os estoques estão em nível adequado para 61,8% das empresas, sendo que, para 20,7%, há excesso de produtos e, para 17,5%, faltam itens.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para as empresas e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.

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