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CCBB BH: nova exposição, “Uma História da Arte Brasileira”, a partir de 24/9 

Itinerância do acervo do MAM Rio tem início em Belo Horizonte, com exposição que reúne obras e nomes incontornáveis da arte brasileira moderna e contemporânea

Mostra dá continuidade ao projeto concebido para a Cúpula do G20, com trabalhos que atravessam diferentes contextos históricos e sociais


(Imagens: https://drive.google.com/drive/u/1/folders/1jCp040lsaBf7VSlNMAuaabKTU_JLn11g)


O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) apresenta, a partir de 24 de setembro de 2025, a exposição “Uma História da Arte Brasileira”, que permanece em cartaz até 1º de dezembro deste ano. Com curadoria de Raquel Barreto e Pablo Lafuente, curadora-chefe e diretor artístico do MAM Rio, respectivamente, a mostra reúne mais de 50 obras de artistas de diferentes gerações e propõe um percurso abrangente pela produção artística do país nos séculos 20 e 21, evidenciando continuidades, rupturas e experimentações que marcaram a arte brasileira ao longo de mais de cem anos.

“Para o MAM Rio, a apresentação da exposição no CCBB Belo Horizonte reafirma o compromisso institucional com a democratização do acesso ao seu acervo e com a função social da arte, compreendida não apenas como expressão estética, mas como campo de educação, cidadania e reflexão crítica sobre a realidade. Fundado em 1948, o museu reúne mais de 16 mil obras em sua coleção própria e em comodatos, como os de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva, configurando-se como uma das mais relevantes instituições do país no campo da arte moderna e contemporânea”, observa Yole Mendonça, diretora executiva do museu carioca.

Originalmente concebida para a Cúpula do G20 – realizada em novembro de 2024, no MAM Rio – a exposição foi visitada por chefes de Estado e delegações internacionais antes de ser aberta ao público carioca. Agora, inicia a sua itinerância nacional em Belo Horizonte, com o patrocínio do Banco do Brasil.

O recorte curatorial se divide em cinco eixos e reúne obras em diferentes suportes, que permitem compreender os múltiplos caminhos da arte no Brasil em diálogo com diferentes contextos históricos e sociais. O percurso começa nas primeiras décadas do século 20, quando o modernismo se consolidou como linguagem própria e expressão da busca por uma identidade nacional. Segue com o abstracionismo e o concretismo dos anos 1950, passa pela produção crítica da Nova Figuração e da arte conceitual nas décadas de 1960 e 1970, em resposta à ditadura militar; e chega à exuberância cromática e à retomada da pintura na chamada ‘Geração 80’. Cada núcleo revela modos de ver e representar que ajudaram a construir o imaginário coletivo do país

Já a produção mais recente, a partir dos anos 2000, amplia essas perspectivas ao trazer para o centro da cena artistas mulheres, negros e negras, indígenas e LGBTQIA+, reafirmando a vitalidade da arte brasileira contemporânea e sua capacidade de rever narrativas, incluir vozes antes marginalizadas e tensionar cânones estabelecidos.

Entre os artistas representados estão nomes fundamentais como Adriana Varejão, Anita Malfatti, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Arjan Martins, Beatriz Milhazes, Candido Portinari, Carlos Zilio, Cildo Meireles, Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Judith Lauand, Leonilson, Lúcia Laguna, Luiz Zerbini, Lygia Clark, Lygia Pape, Márcia X, Maria Martins, Tomie Ohtake, Tunga, Victor Brecheret e outros que, em diferentes momentos, contribuíram para a construção de um panorama plural da arte no país.

“A arte brasileira nos séculos 20 e 21 nos apresenta uma infinidade de caminhos, fascinantes tanto em sua individualidade como em sua resposta coletiva a uma realidade diversa, complexa e em constante transformação. A exposição oferece uma seleção de algumas das criações que marcaram as trajetórias da arte no Brasil e, ao mesmo tempo, evidencia a contribuição dos artistas na construção de nossa percepção do país e do mundo”, refletem os curadores.

Confira os núcleos curatoriais:

  • Modernismo (1910 – 1950): consolidação de uma produção artística nacional em diálogo com a modernidade, marcada pela busca de identidade e pelo retrato do povo brasileiro.
  • Abstracionismo e Concretismo (1950): emergência dos movimentos concretos e neoconcretos, em diálogo com a produção internacional a partir de abordagens individuais de caráter lírico e informal.
  • Nova Figuração e Poéticas do Conceito (1960 – 1970): respostas críticas à ditadura militar, explorando a cultura pop, a circulação expandida da obra e o questionamento da materialidade artística.
  • Anos 1980/1990: a chamada “Geração 80” retoma a pintura com exuberância cromática, grandes formatos e diversidade de estilos, em um contexto de maior abertura social e cultural.
  • Anos 2000 em Diante: ampliação das vozes na cena artística, com maior visibilidade de artistas negros, indígenas, mulheres e LGBTQIA+, que tensionam cânones e reconstroem narrativas antes marcadas por exclusões.

Segundo os curadores, “a mostra revela como a prática artística é capaz de instigar reflexões em quem entra em contato com ela. É também uma oportunidade de revisitar o que entendemos como arte brasileira, reconhecer exclusões e recuperar vozes e movimentos que ficaram à margem das narrativas oficiais”.

Sobre o MAM Rio

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro promove experiências participativas e inclusivas a partir da arte. Fundado em 1948 com a premissa de ser um museu-escola, é referência como plataforma de criação e formação para artistas e públicos, alcançando diferentes gerações e territórios. O MAM Rio é responsável por um extenso acervo de arte moderna e contemporânea, com focos na arte brasileira e em fotografia. Atualmente, abriga três coleções de artes visuais, com um total de cerca de 16 mil obras.

As exposições do MAM Rio propõem relações entre artistas de diferentes gerações, conectando passado e presente em todas as linguagens e manifestações, pautados por temáticas diversas e equitativas do mundo e do fazer artístico. 

O prédio do MAM Rio no Parque do Flamengo, desenhado por Affonso Eduardo Reidy e com jardins projetados por Roberto Burle Marx, virou referência para a arquitetura mundial. O museu e seu entorno oferecem um espaço de convivialidade e experimentação que impulsiona processos de troca, circulação, vivências e cultura.

Circuito Liberdade 

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

SERVIÇO:

Exposição: “Uma História da Arte Brasileira”
Curadoria: Pablo Lafuente e Raquel Barreto

Data de abertura: 24 de setembro de 2025
Encerramento: 1º de dezembro de 2025

Local: Galerias do Térreo – CCBB BH
Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte

Horários de visitação: Quarta a segunda, das 10h às 22h
Ingressos: Entrada gratuita, mediante retirada de ingresso pelo site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH

Classificação livre

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