Aneel aprova reajuste nas bandeiras tarifárias
Nesta terça-feira (21), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou aumento nas bandeiras tarifárias de energia elétrica. Os reajustes chegam a até 63,7%. Todas as bandeiras (verde, amarela e vermelha) sofreram este aumento. Em Nota de Esclarecimento emitida nesta quarta (22), Aneel reforça que tal reajuste não afetará o bolso do consumidor de imediato.

Veja mais: Bia Haddad a esperança do tênis feminino brasileiro
As bandeiras tarifárias são uma forma de transparência das empresas de energia. Trata-se de um método de avisar os consumidores de que o preço de produção de energia está aumentando ou declinando. Há três diferentes bandeiras, cada qual com seu nível de sinalização de melhora ou piora na produção de energia.
A bandeira verde é a que sinaliza a condição mais favorável. Nela, não há reajuste algum no valor a ser pago nas contas de luz. A amarela, porém, já pesa no bolso do consumidor, e teve um reajuste de R$1,87 para R$2,99 (cerca de 59,5% a mais). A bandeira vermelha seria a mais crítica, tendo 2 patamares. O patamar 1 foi de R$3,97 para R$6,50 (+63,7%); e o patamar 2, R$9,49 para R$9,79 (+3,2%).

Veja mais: Reajustes da Petrobrás no ICMS causam polêmica
Como nos afetará o reajuste nas bandeiras tarifárias?
Nesta quarta-feira, a Aneel publicou em seu site uma Nota de Esclarecimento. Por meio desta, explicou o motivo e as consquências do reajuste.
“As bandeiras tarifárias são uma ferramenta de transparência, e sinalizam, mês a mês, as condições de geração da energia elétrica no País que vão refletir nos custos que são cobrados dos consumidores. O Sistema é composto pelas bandeiras: verde, amarela e vermelhas patamar 1 e 2. Na bandeira verde não há cobrança de valor adicional,” escreveram.
Dessa forma, o atual aumento das bandeiras irá somente se refletir no consumidor caso haja a utilização delas. No momento, o custeio de produção de energia elétrica encontra-se favorável, portanto estamos na bandeira verde. Somente se entrarmos na zona da badeira amarela que iremos sentir o impacto.

Veja mais: 14° encontro do BRICS em Pequim esse ano
Ainda, a empresa explicou os motivos do reajuste como sendo: “[…] a inclusão dos dados de 2021, período caracterizado por severa crise hidrológica; a elevação do custo do despacho das usinas termelétricas em razão da elevação dos custos dos combustíveis; e a correção monetária pelos índices inflacionários.”
Eles finalizaram sua Nota de Esclarecimento mais uma vez ressaltando a finalidade das bandeiras e orientando os consumidores.
“As bandeiras dão transparência ao custo real da energia e permitem ao consumidor se programar e ter um consumo mais consciente. Antes, ele não sabia que a energia estava mais cara. Agora ele sabe e pode se programar. Se a bandeira está vermelha, ele sabe que é conveniente economizar, ter um consumo mais consciente e evitar o desperdício de energia.”
Revisão: Rosângela Oliveira