BH 128 anos: a cidade-jardim também se tornou berço de inovação jurídica
Reconhecida como um dos ecossistemas de inovação que mais crescem no Brasil, a capital mineira impulsiona legaltechs de todo o país a partir da Aleve Legaltech Ventures, referência na criação e no desenvolvimento de startups jurídicas
Prestes a completar 128 anos no dia 12 de dezembro, Belo Horizonte se destaca economicamente no país pelo seu papel estratégico como centro econômico do Sudeste. Mas, o que nem todo mundo sabe é que nos últimos anos, a capital também vem se firmando como um dos principais berços de empresas de tecnologia no mundo. O Global Tech Ecosystem Index 2025, da Dealroom.co, aponta Belo Horizonte entre os ecossistemas que mais crescem no mundo, além de líder na América Latina na categoria “Estrelas em Ascensão”.
Nesse cenário vibrante, o setor jurídico é um dos que mais avançam, impulsionado pelo surgimento de legaltechs que unem tecnologia, governança e inteligência de dados para resolver desafios históricos da advocacia. Entre as iniciativas que nascem e ganham escala a partir de Belo Horizonte, a Aleve LegalTech Ventures — venture building de legaltechs fundada na capital mineira — vem impulsionando o surgimento e o desenvolvimento de startups em diversas cidades do Brasil e do mundo, que modernizam e trazem eficiência ao universo jurídico brasileiro.
Entre elas estão startups mineiras como a JusHub, de Belo Horizonte, e JusMapp, de Nova Lima (Região Metropolitana de Belo Horizonte), mas também de outros estados como São Paulo, Paraná, Pernambuco e Bahia, que encontraram na Aleve a orientação estratégica e a estrutura necessárias para ganhar tração. O movimento comprova que a competência construída em Belo Horizonte não só fortalece o estado, como também atrai negócios de todo o país, consolidando Belo Horizonte como um hub protagonista na criação e no desenvolvimento de legaltechs.
Para Priscila Oliveira Spadinger, CEO da Aleve LegalTech Ventures, Belo Horizonte reúne características ideais que ajudam a inovação a acontecer, como a presença de importantes centros de pesquisas, universidades, hubs de inovação, além de grandes marcas interessadas em soluções de inovação.
“A cidade sempre foi reconhecida por formar talentos e criar soluções tecnológicas de grande impacto. No jurídico, isso não é diferente: as legaltechs mineiras estão ajudando empresas e escritórios a lidar com demandas cada vez mais complexas, trazendo eficiência, segurança e inteligência para as decisões. Um movimento que reflete um crescimento global do setor, que deve atingir US$ 68 bilhões até 2034, segundo o Future Market Insights “, afirma.
A Aleve Legaltech Ventures foi fundada em março de 2021 e tem a missão de impulsionar a modernização do setor jurídico brasileiro por meio da criação, desenvolvimento e aceleração de startups que integram tecnologia e Direito. Aliando a expertise de mais de 30 anos de seus fundadores, conselheiros e investidores com a força de um ecossistema global de parceiros estratégicos, a Aleve oferece um modelo completo que une governança, compliance, tecnologia, jurídico estruturado, acesso ao mercado, captação de fundos, além de fusões e aquisições (M&A).
Conheça 11 startups nascidas na Aleve:
Assembleias Virtuais
A startup oferece uma plataforma que conduz assembleias, eleições e votações 100% online para condomínios, sindicatos, CIPA, associações e empresas. A solução permite a autenticação de participantes e recursos como anonimato do voto, criptografia e geração automática de atas e relatórios com validade jurídica. Ao eliminar deslocamentos e burocracias, aumenta participação e agiliza decisões com segurança, transparência e aderência a normas como a LGPD.
Cria.AI
Legaltech de IA que automatiza a redação de documentos e peças jurídicas em modelo SaaS, acessível via internet, acelerando rotinas e elevando a produtividade com suporte e atualizações contínuas, já utilizada por mais de 20 mil advogados no país. Após consolidar tecnologia e expandir para o B2B, entrou em nova fase de crescimento com investimento da Preâmbulo Tech e mira valuation de R$50 milhões até 2026, reforçando o sucesso do modelo da Aleve ao construir e vender a startup.
Dynadok
Startup de validação digital de documentos com IA própria, que reduz custos e falhas manuais ao agilizar análises e verificações em processos intensivos em documentação. Reconhecida no “Open Innovation Awards – Campeãs da Década 2025”, já atende múltiplos setores e projeta fechar 2025 com R$ 3 milhões em faturamento, mantendo foco em evoluir tecnologia e ampliar grandes contas em 2026.
ForeLegal
Plataforma de Legal Operations e controladoria jurídica que centraliza e automatiza rotinas de escritórios e departamentos jurídicos, integrando fluxos, prazos, documentos, indicadores e comunicação com foco em eficiência, governança e dados. No portfólio da Aleve desde 2022, segue em expansão e se posiciona como uma das soluções mais robustas para reduzir gargalos e fortalecer o papel estratégico do jurídico.
JusMapp
Legaltech de inteligência jurídico-territorial que combina geoprocessamento, dados espaciais e IA para mapear riscos e oportunidades em imóveis e territórios, analisando dimensões ambiental, fundiária, minerária, energética e política. Apoia due diligence, compliance regulatório e ESG, regularização fundiária e gestão de riscos com laudos e dashboards auditáveis, reduzindo conflitos e judicialização em projetos de grande impacto.
GRTS Digital
Solução que automatiza o cumprimento de convenções coletivas no Brasil, monitorando e interpretando regras em tempo real com IA para reduzir riscos, garantir conformidade e cortar custos trabalhistas. Atende grandes empresas e foi premiada no Think Work Innovation 2025 pelo case com a Unilever, tendo a IA “Norma” como núcleo do projeto, e vive crescimento acelerado com Receita Recorrente Mensal de 6 dígitos e expansão em grandes contas.
IPPBlock
Legaltech que usa blockchain para garantir rastreabilidade e autenticidade de documentos e ativos intangíveis, criando registros imutáveis com validade jurídica para contratos, PI, informações confidenciais e ativos tokenizados. Com atuação entre Brasil e EUA, simplifica o uso de blockchain em fluxos jurídicos, reduzindo riscos de fraude e disputas de autoria, e entra em ciclo de expansão com a Aleve para ampliar parcerias na América Latina.
JusHub
Plataforma que simplifica o relacionamento entre cidadãos, advogados e serviços jurídicos digitais ao centralizar demandas, documentos e interações em uma jornada mais rápida e acessível. Voltada à escala e automação do atendimento, reduz rotinas administrativas e aumenta transparência, enquanto evolui módulos e base de usuários; a Aleve assumiu participação majoritária e conduziu a reorganização estratégica do negócio.
NAI-IT
Empresa de tecnologia especializada em Governança, Risco e Compliance (GRC), que combina serviços e produtos próprios — como a plataforma GRCWay e operação de AMS — para automatizar processos críticos, organizar obrigações e melhorar controle em grandes organizações. Com contratos estratégicos, registra Receita Recorrente Mensal de 6 dígitos, avançando com a Aleve para crescer comercialmente e entrar em novos mercados.
RevisaPrev
Legaltech de planejamento e revisão de aposentadorias que une inteligência previdenciária, automação e análise avançada de dados para tornar cálculos e simulações mais rápidos, precisos e confiáveis. Reconhecida por veículos nacionais e internacionais, alcançou em 2025 Receita Recorrente Mensal acima de 6 dígitos e segue investindo em escala, equipe e governança, ampliando impacto no Direito Previdenciário como parte do portfólio Aleve desde 2021.
Trustt Digital
Legalfintech que simplifica a tokenização de ativos ao oferecer consultoria, infraestrutura tecnológica e respaldo jurídico para transformar bens, direitos e títulos em cotas digitais seguras e negociáveis, com agilidade comparável ao PIX. Estruturada em três frentes (empresarial, imobiliária e créditos ambientais), destaca-se como pioneira em sociedades anônimas 100% digitalizadas e regulamentadas, abrindo acesso e liquidez a um universo de empresas fora da B3.

