Após diagnóstico inesperado, Fernanda Venturini transforma dor em missão e se torna referência em medicina integrativa
A trajetória de superação de Fernanda Venturini começou justamente quando nada parecia indicar mudança. Ex-jogadora de vôlei, ela havia decidido encerrar a carreira, mas precisou permanecer por mais uma temporada após o time do técnico Bernardinho ficar sem levantadora, o que a fez retornar às quadras. Foi nesse período que sua vida tomou um rumo totalmente inesperado.

Durante um jogo, ao se abaixar para defender uma bola, Fernanda sentiu uma dor incomum no joelho. Exames revelaram um diagnóstico duro: condromalácia grau 4, um desgaste severo da cartilagem. “Ali o mundo dela caiu”, relatou. A partir desse momento, começou uma busca intensa por alternativas para recuperar a qualidade de vida.

No processo, Fernanda chegou a utilizar o chamado “chip da beleza”, que continha gestrinona, além de fazer reposição hormonal aplicada no glúteo — algo que chegou a ser confundido com antidepressivo, mas, na verdade, tratava-se apenas de reposição hormonal comum. Mesmo assim, nada parecia trazer o resultado esperado.

A virada aconteceu em São Paulo, quando participou de um curso e, por coincidência, quebrou a pontinha do dente. O episódio a levou a refletir profundamente. Durante o curso, descobriu que alimentos como açúcar, farinha e leite poderiam intensificar processos inflamatórios no organismo. Decidiu retirar completamente esses itens da rotina — e as mudanças foram imediatas. Fernanda abandonou o chip hormonal, ajustou a reposição para métodos bioidênticos e reencontrou equilíbrio físico e emocional.

O impacto positivo foi tão grande que ela se apaixonou pelo universo da medicina integrativa, área que combina a medicina tradicional com abordagens que tratam a raiz do problema, e não apenas os sintomas. A partir dessa transformação, ela criou o canal “Sacadas de Ouro” no YouTube, onde já realizou mais de 200 entrevistas com especialistas renomados, consolidando-se como uma voz de referência no segmento.
Além da internet, Fernanda leva seu conhecimento para escolas e empresas, com palestras que abordam saúde, prevenção e comportamento. Entre seus projetos, destaca-se o trabalho com adolescentes — grupo que, segundo ela, “hoje perdeu a mão”. Ela também mantém o projeto “Diga Não ao Crack”, criado originalmente ao lado do artista Daniel Azulay (que faleceu durante a pandemia). O projeto defende que a educação sobre drogas deve começar na escola, e não apenas na vida adulta.
A proposta é simples e eficaz: uma apostila é entregue ao professor do 5º ou 6º ano, que passa a ensinar o tema na grade curricular. Assim, quando o adolescente for confrontado com uma oferta de maconha, cocaína ou qualquer substância ilícita, ele saiba responder não com clareza e consciência.
Para Fernanda, a diferença entre os dois modelos de cuidado é clara:
• A medicina tradicional trata o sintoma.
• A medicina integrativa trata a causa.
Sua história — que começou com dor, incerteza e diagnóstico — transformou-se em missão. Hoje, Fernanda Venturini se dedica a informar, prevenir e inspirar vidas através de uma visão mais completa, humana e consciente da saúde.

