Rússia ameaça parar venda de petróleo
Nesta quinta-feira (1), o primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse que não venderá petróleo a países que apoiarem o teto de preço. Segundo o vice primeiro-ministro, limitar o preço do petróleo Russo é um ato que desestabiliza o mercado. Portanto, não pretende exportar petróleo para aqueles que o aderirem.
Desde o início da invasão na Ucrânia, a Rússia vem recebendo sanções multissetoriais. Ela é, nos dias atuais, o país mais sancionado do mundo. Dentre as diversas imposições que afetam a Rússia, principalmente economicamente, diversos países estão pretendendo adicionar mais uma. É justamente essa nova medida que descontentou o vice-ministro: um teto de preços para o petróleo Russo.
“Na minha opinião, isso é completamente absurdo”, disse Alexander Novak, em declaração pela agência de notícias “Tass”.
“Se eles impuserem restrições de preços, simplesmente não forneceremos petróleo e derivados para as empresas ou Estados que os impõem, pois não trabalharemos de maneira não competitiva”.
De acordo com Novak, tais limitações desestabilizam o mercado petrolífero. São tentativas de interferir nos mecanismos de mercado. De tal modo que, no futuro, pode acarretar em uma crise energética no mundo todo.
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“E os primeiros a pagar por isso serão os consumidores europeus e americanos, que já estão pagando preços altos devido aos fatores desestabilizadores que estão adotando. Em particular as restrições de sanções.”
Janet Yellen sobre a venda de Petróleo
Nesta sexta-feira, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen comentou o assunto.
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Janet afirmou que deixar de vender o petróleo teria um impacto econômico na Rússia muito maior do que se subordinar ao teto de preços. Além disso, a limitação do preço de venda do petróleo seria uma medida contra a guerra. Com o petróleo vendido mais barato, o financiamento russo na invasão à Ucrânia é reduzido.
“Eles se sairão muito melhor economicamente se optarem por vender dentro do preço máximo ao invés de isolar esse petróleo“, disse a secretária.
Mês passado, a Rússia já havia cortado o fornecimento de petróleo para três países: Eslováquia, Hungria e República Tcheca. Esses países eram abastecidos pelo oleoduto Druzbha, que atravessa a Ucrânia.
A estatal russa, Transneft, responsável pelo transporte de hidro carbonetos, se pronunciou sobre o assunto. Segundo a empresa, o transporte foi suspendido “devido ao não recebimento de fundos para esse serviço”.
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Outro recurso que a Rússia vem gradualmente reduzindo o fornecimento é o gás natural. Neste sábado (3), a estatal Gazprom, anunciou que o gasoduto que conecta com a Alemanha não seria reaberto. A justificativa seria um vazamento de gás. Porém, de acordo com o jornal “Financial Times”, o país já vinha limitando o fornecimento de gás pelo gasoduto Nord Stream 1 desde junho.
