Saúde

Hipertrofia das mamas e dor nas costas: entenda a relação e os tratamentos indicados

Excesso de volume mamário pode impactar a saúde física e emocional das mulheres; cirurgia de redução é uma das soluções mais eficazes

A hipertrofia das mamas, caracterizada pelo aumento excessivo do volume mamário, não é apenas uma questão estética. Para muitas mulheres, ela está diretamente ligada ao surgimento de dores nas costas, nos ombros e no pescoço, além de impactar a autoestima e limitar atividades físicas do dia a dia.

Segundo o cirurgião plástico Guilherme Guardia, formado pela Santa Casa de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o excesso de peso das mamas pode provocar uma sobrecarga muscular e alterações na postura ao longo do tempo. “A paciente passa a adotar uma postura inadequada para tentar compensar o desconforto, o que gera dor crônica na coluna cervical, torácica e até lombar”, explica.

Essas dores são mais comuns em mulheres com mamas muito volumosas e flácidas, especialmente quando há uma desproporção em relação à estrutura corporal. O uso constante de sutiãs apertados, as marcas nos ombros e até mesmo irritações cutâneas sob as mamas também são sinais de alerta para o problema.

Além das queixas físicas, a hipertrofia mamária pode comprometer a saúde mental. “Muitas pacientes relatam constrangimento, dificuldade para se vestir e até isolamento social devido ao tamanho dos seios. Isso afeta diretamente a qualidade de vida”, comenta Guilherme Guardia.

O tratamento mais indicado para casos moderados a severos é a cirurgia de redução de mamas, também conhecida como mamoplastia redutora. O procedimento remove o excesso de tecido glandular, gordura e pele, promovendo mais equilíbrio corporal. “A cirurgia tem um alto índice de satisfação. As pacientes não apenas se sentem mais confortáveis fisicamente, como também recuperam a autoestima”, afirma o especialista.

Em casos mais leves, pode-se considerar o uso de roupas com maior sustentação e o fortalecimento da musculatura das costas com orientação fisioterapêutica ou de um profissional de educação física. No entanto, essas abordagens costumam trazer apenas alívio temporário, sem resolver efetivamente a causa do problema.

É fundamental que a paciente busque avaliação com um cirurgião plástico qualificado para entender as opções disponíveis e verificar se há indicação cirúrgica. “Cada caso deve ser analisado individualmente. A decisão pela cirurgia vai além do desejo estético; trata-se de uma questão de saúde e bem-estar”, conclui Guilherme Guardia.