MEC fecha com a Google para uso educacional

Nesta segunda-feira (20), O Ministério da Educação (MEC) fechou um acordo com a Google para o uso de ferramentas acadêmicas para alunos e professores. 

A iniciativa partiu da Política Nacional de Recuperação da Aprendizagem. Programa lançado mês passado pelo MEC diante da evasão escolar durante a pandemia. 

De acordo com o MEC, serão usadas as seguintes plataformas da Google:

•  Google Workspace for Education Fundamentals: pacote gratuito de ferramentas que oferece uma base flexível, segura para aprendizagem, colaboração e comunicação. A adesão pelas redes educacionais se dará mediante assinatura de termo de adesão simplificado. De forma voluntária e não onerosa para a rede, seja municipal, estadual ou federal;
• Seja Incrível na Internet: programa de cidadania digital com trilhas de capacitação para educadores, planos de aulas e atividades;
• Grasshopper: aplicativo de programação para iniciantes, com ensino de pensamento computacional;
• Google Cloud Capacita+: programa com treinamentos gratuitos, online, para formação de profissionais em tecnologias de nuvem.

Diagnóstico do MEC

Segundo o ministro da Educação, Victor Godoy, o MEC tem feito avaliações de desempenhos escolares nos últimos meses. 

Entre os dados apresentados, foi feito um levantamento meio de uma plataforma criada pela pasta. Ele mostra que 30% dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental estão no estágio de desenvolvimento esperado.

“Quando a gente olha para matemática, 98% dos estudantes do 6º ano não estão com nível adequado, só 2% deles estão. Cerca de 45% dos 98% não dominam as quatro operações básicas da matemática, ou seja, estão no primeiro marco de desenvolvimento esperado”, disse o ministro Godoy.

“A evasão escolar também mais que dobrou no ensino médio, passando de 2,3% para 5%”, disse Godoy.

A pasta está anunciando também uma nova ferramenta: O MECPlace, uma plataforma integrada em ambiente aberto e colaborativo que oferece soluções em tecnologia da informação para apoio às redes educacionais. O sistema foi desenvolvido por meio de parcerias com as universidades federais do Ceará (UFC), de Juiz de Fora (UFJF) e de Alagoas (UFAL).

O ministro ainda falou sobre a falta de acessibilidade às tecnologias e dispositivos digitais, principalmente em áreas mais carentes:

“Qualquer desafio de infraestrutura, de conectividade, passa, necessariamente, por uma articulação União, estados e municípios. O que estamos fazendo nessa perspectiva é fortalecer a colaboração. Levando aos entes processos estruturados de implantação de tecnologia”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro também se pronunciou durante o evento, e parabenizou o MEC: “Passamos dois anos de pandemia, onde praticamente tudo fechou, 99% das escolas fechadas. No que dependesse de mim, teríamos aula. E nós, agora, estamos na recuperação e na busca do tempo perdido. Esse método, essa disciplina adotada pelo MEC, é reconhecida já por outros países“, afirmou.