Manifestações contra cortes na Educação em todo país
Na última quinta-feira (9), alguns estados têm sido foco de manifestações por parte de professores e alunos de instituições públicas.
O Ministério da Educação afirma que os cortes são necessários para cumprirem o teto de gastos.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, os atos pacíficos aconteceram na Candelária, centro do Rio.
Via Twitter, o deputado Alessandro Molon (PSB) escreveu: “ESTÃO SUFOCANDO A EDUCAÇÃO por causa dos seguidos cortes do orçamento para a Educação Pública, a UFRJ não tem como continuar funcionando! O governo reafirma sua escolha de desmontar a Educação. Vamos lutar para reverter isso!”
Piauí
A manifestação teve início às 16h30 na praça Fripisa, no centro de Teresina. Em seguida, os alunos caminharam até a sede da Instituição Federal do Piauí (IFPI) e seguiram para a Avenida Frei Serafim, onde o trânsito de veículos foi afetado e causou congestionamento.
O valor a ser cortado no IFPI é de R$10 milhões, e o reitor Paulo Borges já anunciou que tem recursos para a instituição funcionar até setembro.
Já o corte a ser realizado na Universidade Federal do Piauí é de R$15 milhões. Alunos criticam o posicionamento do reitor, pois ele teria “suavizado” a situação.
Ao Cidade Verde, a aluna Karla Luz declarou:
“Está todo mundo preocupado, mas a gente acha que é um problema que é muito latente, mas não é cobrado pela reitoria, que tenta minimizar a situação. A gente sabe que o corte vai afetar água, luz, o custeio estudantil, estamos fazendo essa denúncia para conscientizar sobre a realidade que está sendo escondida por essa reitoria. No IFPI o reitor foi claro sobre como vai afetar, já no nosso caso a gente teve que ir atrás e sabemos que os recursos também só vão até setembro, precisamos que os alunos entendam isso”
Estudantes, professores e técnicos da Universidade Federal do Pará (UFPA) realizaram as manifestações em Belém.
Pará
Manifestantes saíram em caminhada pela Avenida Governador José Malcher.
Segundo o Diretório Central dos Estudantes da UFPA, o orçamento atual das instituições federais é mais de um terço menor do que foi investido em 11 anos, o que deve atingir as bolsas de assistência estudantil, auxílios e bolsas de pesquisa.
Minas Gerais
A Universidade de Minas Gerais (UFMG) sofrerá um corte de R$32 milhões. Alunos e professores da instituição ocuparam a Praça Sete em manifestação durante cerca de uma hora.
Em nota, a reitoria da UFMG, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, e o vice-reitor, Alessandro Fernandes Moreira, afirmaram que “afetará no funcionamento e manutenção da universidade”
Segue trecho da nota.
“Um severo golpe que foi recebido com estarrecimento por dirigentes e comunidades acadêmicas. O corte corresponde a uma redução de R$ 32 milhões, que, se mantido, comprometerá o funcionamento e a manutenção da universidade, com forte impacto nas ações de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil, inviabilizando o apoio a estudantes mais necessitados”
Para ler a nota na íntegra, leia aqui
Ceará
Fortaleza e mais quatro cidades tiveram manifestações.
Em Fortaleza, as manifestações ocorreram na Praça da Gentilândia, onde os manifestantes seguiram um trio elétrico até a Avenida da Universidade. Lá os estudantes criticaram o governo e declararam “luto pela educação”.
Em Juazeiro do Norte a manifestação ocorreu em frente à sede da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede-19) (Centro).
Em Quixadá, na Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc/UECE).
No município de Redenção, estudantes e docentes se reuniram no campus Liberdade da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
Já em Sobral, o protesto foi realizado na Universidade Estadual Vale do Acaraú (Uva), no campus Betânia.
Informações de O Povo.
Brasília
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Estudantes da UnB (Universidade de Brasília) e do Instituto Federal de Brasília (IFB) fizeram uma manifestação na frente da Biblioteca Nacional de Brasília, e seguiram até o Ministério da Educação. Cerca de 120 estudantes estavam presentes
Coordenador geral licenciado do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) e servidor há 42 anos, Edmilson Lima, 61 anos. Ele lembra que nunca houve um corte orçamentário com essa proporção, como ocorre no atual governo. “Estamos nas ruas exigindo a manutenção e a ampliação do orçamento para as universidades e a educação pública”, disse.
Novas manifestações estão marcadas!
O ato está sendo organizado pelos estudantes, e pretende acontecer na próxima terça, dia 14 de junho, em Brasília.