30/10 e 1/9 – Exposição “Uma História da Arte Brasileira” recebe curador Phelipe Rezende para atividades gratuitas
Curador apresenta palestra no dia 30 de outubro e visita guiada em 1º de novembro
O curador assistente do MAM Rio, Phelipe Rezende, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) para conduzir atividades gratuitas na exposição “Uma História da Arte Brasileira”, em cartaz na capital mineira até 1º de dezembro deste ano. Rezende apresenta uma palestra dia 30 de outubro e conduz o público em uma visita mediada no dia 1º de novembro.
Na palestra, o curador apresenta um panorama da história e das coleções do MAM Rio e traz, ainda, o contexto de elaboração da exposição, produzida especialmente para a Cúpula do G20, em 2024. Serão discutidos os percursos da pesquisa que deram origem à mostra, que tinha como um de seus propósitos traçar uma apreciação cronológica da produção artística brasileira moderna e contemporânea.
Já a visita mediada introduz um panorama sobre a produção artística moderna e contemporânea, e convida o público a refletir sobre os múltiplos caminhos da arte no Brasil em diálogo com diferentes contextos históricos e sociais. Ambas as atividades contarão com tradução de Libras.
Sobre Phelipe Rezende
Graduado em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e mestre em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é curador assistente no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Atua em curadoria, educação museal e museologia, e pesquisa artes visuais, curadoria e discursos expositivos. Foi curador da exposição de longa duração do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, no Rio de Janeiro, e assistente de curadoria das exposições “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros” e “Dignidade e Luta: Laudelina de Campos Mello”, do Instituto Moreira Salles. Realizou projetos educativos em instituições como Fundação Roberto Marinho, MAM Rio, Museu de Arte do Rio, CCBB, Caixa Cultural e Fiocruz.
Sobre a exposição
Com curadoria de Raquel Barreto e Pablo Lafuente, curadora-chefe e diretor artístico do MAM Rio, respectivamente, “Uma História da Arte Brasileira” reúne mais de 50 obras de artistas de diferentes gerações e propõe um percurso abrangente pela produção artística do país nos séculos XXe XXI, evidenciando continuidades, rupturas e experimentações que marcaram a arte brasileira ao longo de mais de cem anos.
“Para o MAM Rio, a apresentação da exposição no CCBB Belo Horizonte reafirma o compromisso institucional com a democratização do acesso ao seu acervo e com a função social da arte, compreendida não apenas como expressão estética, mas como campo de educação, cidadania e reflexão crítica sobre a realidade. Fundado em 1948, o museu reúne mais de 16 mil obras em sua coleção própria e em comodatos, como os de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva, configurando-se como uma das mais relevantes instituições do país no campo da arte moderna e contemporânea”, observa Yole Mendonça, diretora executiva do museu carioca.
Originalmente concebida para a Cúpula do G20, realizada em novembro de 2024, no MAM Rio, a exposição foi visitada por chefes de Estado e delegações internacionais antes de ser aberta ao público carioca. Agora, inicia a sua itinerância nacional em Belo Horizonte, com o patrocínio do Banco do Brasil.
O recorte curatorial se divide em cinco eixos e reúne obras em diferentes suportes, que permitem compreender os múltiplos caminhos da arte no Brasil em diálogo com diferentes contextos históricos e sociais. O percurso começa nas primeiras décadas do século XX, quando o modernismo se consolidou como linguagem própria e expressão da busca por uma identidade nacional. Segue com o abstracionismo e o concretismo dos anos 1950, passa pela produção crítica da Nova Figuração e da arte conceitual nas décadas de 1960 e 1970, em resposta à ditadura militar; e chega à exuberância cromática e à retomada da pintura na chamada ‘Geração 80’. Cada núcleo revela modos de ver e representar que ajudaram a construir o imaginário coletivo do país
Já a produção mais recente, a partir dos anos 2000, amplia essas perspectivas ao trazer para o centro da cena artistas mulheres, negros e negras, indígenas e LGBTQIA+, reafirmando a vitalidade da arte brasileira contemporânea e sua capacidade de rever narrativas, incluir vozes antes marginalizadas e tensionar cânones estabelecidos.
Entre os artistas representados estão nomes fundamentais como Adriana Varejão, Anita Malfatti, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Arjan Martins, Beatriz Milhazes, Candido Portinari, Carlos Zilio, Cildo Meireles, Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Judith Lauand, Leonilson, Lúcia Laguna, Luiz Zerbini, Lygia Clark, Lygia Pape, Márcia X, Maria Martins, Tomie Ohtake, Tunga, Victor Brecheret e outros que, em diferentes momentos, contribuíram para a construção de um panorama plural da arte no país.
“A arte brasileira nos séculos XX e XXI nos apresenta uma infinidade de caminhos, fascinantes tanto em sua individualidade como em sua resposta coletiva a uma realidade diversa, complexa e em constante transformação. A exposição oferece uma seleção de algumas das criações que marcaram as trajetórias da arte no Brasil e, ao mesmo tempo, evidencia a contribuição dos artistas na construção de nossa percepção do país e do mundo”, reflete a curadora-chefe do MAM Rio, Raquel Barreto.
Confira os núcleos curatoriais:
- Modernismo (1910 – 1950): consolidação de uma produção artística nacional em diálogo com a modernidade, marcada pela busca de identidade e pelo retrato do povo brasileiro.
- Abstracionismo e Concretismo (1950): emergência dos movimentos concretos e neoconcretos, em diálogo com a produção internacional a partir de abordagens individuais de caráter lírico e informal.
- Nova Figuração e Poéticas do Conceito (1960 – 1970): respostas críticas à ditadura militar, explorando a cultura pop, a circulação expandida da obra e o questionamento da materialidade artística.
- Anos 1980/1990: a chamada “Geração 80” retoma a pintura com exuberância cromática, grandes formatos e diversidade de estilos, em um contexto de maior abertura social e cultural.
- Anos 2000 em diante: ampliação das vozes na cena artística, com maior visibilidade de artistas negros, indígenas, mulheres e LGBTQIA+, que tensionam cânones e reconstroem narrativas antes marcadas por exclusões.
Segundo Pablo Lafuente, “a mostra revela como a prática artística é capaz de instigar reflexões em quem entra em contato com ela. É também uma oportunidade de revisitar o que entendemos como arte brasileira, reconhecer exclusões e recuperar vozes e movimentos que ficaram à margem das narrativas oficiais”.
Sobre o MAM Rio
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro promove experiências participativas e inclusivas a partir da arte. Fundado em 1948 com a premissa de ser um museu-escola, é referência como plataforma de criação e formação para artistas e públicos, alcançando diferentes gerações e territórios. O MAM Rio é responsável por um extenso acervo de arte moderna e contemporânea, com focos na arte brasileira e em fotografia. Atualmente, abriga três coleções de artes visuais, com um total de cerca de 16 mil obras.
As exposições do MAM Rio propõem relações entre artistas de diferentes gerações, conectando passado e presente em todas as linguagens e manifestações, pautados por temáticas diversas e equitativas do mundo e do fazer artístico.
O prédio do MAM Rio no Parque do Flamengo, desenhado por Affonso Eduardo Reidy e com jardins projetados por Roberto Burle Marx, virou referência para a arquitetura mundial. O museu e seu entorno oferecem um espaço de convivência e experimentação que impulsiona processos de troca, circulação, vivências e cultura.
Circuito Liberdade
O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.
SERVIÇO
Palestra “Um panorama da história e das coleções do MAM”, com Phelipe Rezende
Data: 30 de outubro
Horário: 19h
Local: Teatro I
Duração: 1h
Classificação Indicativa: 12 anos
Visita Guiada
Data: 01 de novembro
Horário: 15h
Local: Galerias do Térreo
Duração: 1h
Classificação Indicativa: 12 anos
Exposição “Uma História da Arte Brasileira”
Temporada: 24 de setembro a 1º de dezembro de 2025
Local: Galerias do Térreo – CCBB BH
Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte
Horários de visitação: Quarta a segunda, das 10h às 22h
Ingressos: Entrada gratuita, mediante retirada de ingresso pelo site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH.
Classificação indicativa: Livre
Informações:
Telefone: (31) 3431-9400
E-mail: ccbbbh@bb.com.br
Site: www.ccbb.com.br/bh
Redes sociais: facebook.com/ccbbbh | instagram.com/ccbbbh

